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Pingo Doce diz a trabalhadores que “metam baixa”, se não podem cumprir horário noturno

O Pingo Doce de Monção altera unilateralmente horários de trabalho e quer impor trabalho noturno a trabalhadores com responsabilidades familiares. A denúncia do assédio é do sindicato do comércio e foi divulgada pela CGTP.
Pingo Doce de Monção quer impor trabalho noturno - Foto da CGTP
Pingo Doce de Monção quer impor trabalho noturno - Foto da CGTP

Segundo o Sindicato dos trabalhadores do comércio, escritórios e serviços de Portugal (CESP) e a CGTP, os trabalhadores da loja Pingo Doce de Monção, distrito de Viana do Castelo, foram confrontados no final de junho com alterações unilaterais aos seus horários de trabalho.

A empresa quer impor o trabalho entre as 22h de um dia e as 7h de outro, nos meses de julho e agosto, a trabalhadores que têm responsabilidades familiares (filhos e pais a cargo) e que não deram acordo para essa mudança.

O Pingo Doce de Monção diz que os trabalhadores são imprescindíveis nesse horário noturno e afirmam que se não podem cumprir esse horário que “metam baixa”, apesar de não estarem doentes. A violação da lei por parte do Pingo Doce é flagrante e escandalosa.

O assédio do Pingo Doce chega ao ponto de ameaçar os trabalhadores de serem posteriormente transferidos para a loja de Valença, que irá abrir no futuro.

De acordo com o CESP, os trabalhadores estão disponíveis para trabalhar nos horários em que sempre trabalharam, e que sempre lhes possibilitou cumprir com as suas responsabilidades familiares.

“É inaceitável que o Pingo Doce, mais uma vez, ataque os direitos dos trabalhadores e impeça a conciliação com a vida pessoal e familiar e novamente use a chantagem da transferência de local de trabalho a quem não pode cumprir os horários impostos por ter de prestar cuidados aos filhos ou pais dependentes”, declara o sindicato, que já pediu a intevenção urgente da ACT [Autoridade para as Condições de Trabalho], uma vez que a empresa se mostra intransigente.

O CESP exige ao Pingo Doce que recue imediatamente na exigência e permita aos trabalhadores, que não aceitaram os horários impostos, voltarem ao seu horário normal.

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