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Petróleo: Extensão do prazo de prospeção é “incompreensível”, diz Zero

Os ambientalistas reagiram à decisão do governo de estender por mais um ano os direitos de prospeção de petróleo nas concessões ao largo de Aljezur.
Foto arbyreed/Flickr

“A ZERO considera que o governo perdeu de forma absolutamente lamentável e incompreensível uma oportunidade soberana de cancelar de uma vez por todas um investimento que tem riscos para os ecossistemas, para as populações, para a economia do Sudoeste Alentejano e Algarve, e que tem a oposição dos autarcas e das comunidades locais”, afirmou a associação ambientalista em comunicado.

Os ambientalistas sublinham que a decisão “vai completamente em sentido contrário às decisões anunciadas pelo Primeiro-Ministro em 2016 na Conferência do Clima em Marraquexe e de todo o trabalho que está de momento já a ser desenvolvido para o país atingir a neutralidade carbónica em 2050”.

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Para a Associação Zero, apesar da argumentação jurídica invocada pelo governo e da obrigatoriedade de realização de uma avaliação de impacte ambiental para a pesquisa de hidrocarbonetos, aprovada no verão passado pelo parlamento, fica “claro que a decisão tomada foi de cariz político, argumentando-se de forma escandalosa com a “prossecução do interesse público””.

A associação conclui o seu comunicado com a expetativa acerca da posição do Ministério do Ambiente, do qual “espera uma decisão de coerência politica e reafirmação da política de descarbonização que Portugal em boa hora decidiu adotar”.

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