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Petição sobre remoção total do amianto nas escolas chega ao Parlamento

Bastaram doze dias para que Zero, Movimento Escolas sem Amianto e Fenprof conseguissem que a sua petição obtivesse o número necessário de assinaturas. O Parlamento vai assim ser confrontado com a necessidade da remoção total do amianto das escolas do país.
Telhado de fibrocimento.
Telhado de fibrocimento. Foto de Ollemhebb/Flickr.

Será já na próxima quinta-feira que a associação ambientalista Zero, o Movimento Escolas Sem Amianto e a Fenprof irão fazer a entrega das mais de 4500 assinaturas necessárias para a petição que exige a remoção total do amianto nas escolas chegar à Assembleia da República.

Bastaram assim apenas doze dias, desde o seu lançamento, que existissem desde logo as assinaturas que obrigam o plenário do Parlamento a discutir o tema, um sucesso que André Julião, coordenador do Movimento Escolas sem Amianto, justifica com o facto da comunidade educativa e da opinião pública em geral estarem “bem despertas” para a questão. Este movimento, aliás, nasceu apenas no início do ano e junta já pessoas de todo o país.

No mesmo sentido se pronuncia Íria Roriz Madeira da Zero que insiste que “o Governo tem de publicar a lista de escolas a intervencionar e os materiais que foram inventariados nesse levantamento. A intervenção nos edifícios deverá ser planeada segundo critérios de prioridade que devem ser claros e inequívocos”. A ambientalista que ainda que a remoção seja fiscalizada “evitando erros por negligência ou desconhecimento”.

O outro dos subscritores iniciais, Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, considera este o resultado natural de “anos de protesto e luta pelo cumprimento da lei e anos de incumprimento e mentira por parte de governantes, estes e outros, que não colocam a remoção do amianto no topo das suas prioridades políticas”.

Os primeiros signatários esforçam-se por passar também a mensagem de que a forma da remoção conta. Para além de quererem a divulgação da lista atualizada de escolas públicas com presença de materiais contendo amianto, sublinhando que esta não se limita às coberturas em fibrocimento, pretendem que haja uma “priorização e calendarização das intervenções nas escolas” e que se disponibilize informação de fácil acesso para todos.

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