Petição para retirar pensão a Barroso reúne mais de 150 mil assinaturas

12 de outubro 2016 - 12:16

Comissão Europeia impediu entrega desta petição, promovida por um “grupo de funcionários das instituições europeias”, bem como de outra, que reuniu 63 mil assinaturas pela reforma no Código de Conduta da CE. Marisa Matias esteve presente na ação a convite dos peticionários.

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Pedro Passos Coelho e Durão Barroso. Foto de GEORGES BOULOUGOURIS/LUSA.

Na petição que reuniu 151 mil assinaturas, das quais 10 mil de funcionários da União Europeia (com 40 mil funcionários), endereçada ao presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e ao presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, é defendido que, na sequência da contratação de Durão Barroso para o cargo de presidente não-executivo do Goldman Sachs International, o ex presidente da Comissão Europeia deve perder a sua reforma.

Segundo os seus promotores, o facto de Barroso, ex-primeiro ministro do PSD, ter aceite o cargo mostra um comportamento “irresponsável” e “moralmente repreensível”. Assim sendo, pedem também a suspensão de todos os possíveis títulos honorários relacionados com as instituições europeias.

Juntamente com esta petição seria ainda entregue esta quarta-feira uma petição da Transparência Internacional, que recolheu 63 mil assinaturas, contra a nomeação de Durão Barroso para o Goldman Sachs e pela reforma no Código de Conduta da Comissão Europeia.

Os peticionários não conseguiram, contudo, entregar os dois documentos, tendo sido barrados na entrada da sede da CE.

A eurodeputada do Bloco de Esquerda foi convidada pelos peticionários para estar presente na entrega destas duas petições: “Pelo fim das portas giratórias! Durão Barroso, Kroes, Cañete, Giorgieva e tantos outros. Por um código de conduta que combata a promiscuidade. Hoje os cidadãos vieram à Comissão entregar as assinaturas recolhidas. As portas da Comissão fecharam-se, mas continuar-se-á a tentar”, escreve Marisa Matias na sua página de facebook.

Uma das peticionárias explicou que a reforma do Código de Conduta da Comissão Europeia visa “proibir antigos comissários de utilizar os seus conhecimentos e os seus contactos, que desenvolveram no exercício do serviço público, em benefício de empresas privadas”.