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Paulo Portas proíbe aterragem de avião de Evo Morales em Portugal
O ministro dos Negócios Estrangeiros boliviano, David Choquehuanca, explicou, durante uma conferência de imprensa, que, meia hora antes de aterrar para reabastecer em Lisboa, ao regressar de uma viagem a Moscovo, as autoridades portuguesas comunicaram ao avião do presidente Evo Morales que a sua autorização para a aterragem tinha sido cancelada, e que, pouco tempo depois, receberam uma notificação do governo francês proibindo-os expressamente de sobrevoar o seu território.
Perante a recusa por parte de Portugal e França, e, anteriormente, de Itália, o governo boliviano obteve autorização para que a aeronave presidencial realizasse uma escala técnica nas Ilhas Canárias, contudo, essa autorização também acabou por ser cancelada. O avião de Evo Morales acabou por efetuar uma aterragem de emergência em Viena.
"Seguimos as normas protocolares internacionais e solicitámos as respetivas permissões de sobrevoo e aterragem do avião presidencial e os países responderam favoravelmente. Quando o presidente se preparava hoje para regressar [a La Paz] não sabemos por que Portugal e França cancelaram a permissão, forçando a aterragem em Viena”, avançou Choquehuanca.
Segundo notícia a RTP, a recusa por parte de Portugal teve como fundamento a suspeita de que a bordo seguiria o ex agente de segurança dos Estados Unidos Edward Snowden. Esta "poderá ter sido uma das últimas decisões de Paulo Portas", avança a televisão pública.
O governo boliviano nega taxativamente a acusação, que classifica de "infundada" e "soberana mentira". "Pôs-se em risco a vida do presidente Evo Morales e foram violados os direitos de tráfego aéreo. Não sabemos de onde vem a informação, estamos a averiguar. Portugal e França têm que explicar o cancelamento da permissão", frisou David Choquehuanca.
O Governo austríaco confirmou, entretanto, que funcionários tiveram acesso ao interior do avião, onde não encontraram ninguém que não constasse da lista de passageiros.
O governo venezuelano considera que estamos perante um “atentado à segurança de Evo Morales” e o Equador já pediu uma reunião extraordinária da União das Nações Sul Americanas (Unasur) para discutir o incidente.
O presidente boliviano esteve em Moscovo para participar na cúpula dos Países Exportadores de Gás. Numa entrevista ao canal "Russia Today", Morales afirmou que estaria disposto a analisar o asilo político a Edward Snowden.
Comentários
Os paises europeos que
Os paises europeos que fizeram este atentado contra um Presidente da República latinoamericano demonstram que eles, Portugal incluído, são marionetas dos EUA. Algum dia vão pagar por isto.
Viva a Bolivia!
(os gringos podem gravar esta mensagem. Os latinoamericanos não temos medo deles)
Essa decisão de Portas (e dos
Essa decisão de Portas (e dos outros na França, Espanha e Itália) se não fosse a mando dos EUA, seria tão grande escândalo político internacional, que só por si bastaria para a demissão desse demente. Tais impunidades mostram juntamente com outros factos, por exemplo as negociações em curso dos acordos comerciais UE/EUA, como os governos europeus se sobordinam ao americano na política, na economia na geo-estratégia.
Sendo o desenvolvimento desigual uma necessidade para o crescimento capitalista e sendo também uma realidade a interpenetração dos grandes grupos internacionais na globalização actual, como devem ser analisados estes aspectos na relação entre os estados europeus, começando pela Alemanha, e os EUA? Querem os EUA a falência da UE ou do euro, ou não? Como se manifesta e qual a evolução da subordinação e da disputa entre eles?
Que eu saiba esta análise está ausente, ou quase, nas posições do BE, que sistematicamente se insurge e propõe medidas contra o dictat do poder alemão e da UE mas nada diz sobre a estratégia da administração americana e dos seus capitais em relação à Europa e à UE. É irrelevante? Não há contradições, não há jogo americano sobre a europa? As questões ditas no início do comentário e muitas outras (a mais recente é a das já tão velhas espionices) mostram que os EUA, mesmo que o seu pretenso declínio económico exista, não param de jogar com todo o seu poder militar, político e económico, para, a todo o custo, manterem o seu poderio e supremacia mundial.
E que diz o BE sobre tudo isto?
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