Os votos de condenação apresentados pelo Bloco de Esquerda e PS foram consensualizados para permitir a aprovação de um texto único, no qual “a Assembleia da República condena veementemente e repudia as declarações e a decisão anunciada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Israel Katz, de declarar 'persona non grata' o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, banindo a sua entrada no território de Israel”. O voto teve também o apoio do PSD e a oposição do Chega e da Iniciativa Liberal.
Palestina
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Os dois partidos mais à direita representados na comissão parlamentar recusaram condenar as declarações do chefe da diplomacia israelita que afirmou que António Guterres “apoia terroristas, violadores e assassinos”.
Foi no dia 2 de outubro que o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, anunciou ter declarado António Guterres persona non grata no país, criticando-o por não ter condenado de forma explícita o ataque massivo do Irão a Israel na noite anterior.
Até a momento, a reação do governo português à decisão de Israel limitou-se a um apelo de Rangel ao ministro que insultou Guterres para “reconsiderar a decisão” de o considerar persona non grata.