Numa missiva endereçada a todas as bancadas parlamentares, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2015, a Associação República e Laicidade (ARL) frisa que "é escandaloso que, após vários anos de sacrifícios dos contribuintes individuais e das famílias, as comunidades religiosas continuem totalmente isentas de imposto municipal sobre imóveis (IMI) ou imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis".
Segundo a ARL, "o fim destes benefícios fiscais significaria um acréscimo na receita do Estado que poderia ultrapassar os cem milhões de euros".
Apenas o Bloco deu corpo a esta proposta, defendendo “a eliminação dos atuais privilégios concedidos em termos de devolução do IVA sobre a aquisição ou importação de objetos, bens ou serviços exclusivamente aplicados ao culto religioso" e a "revogação das isenções de impostos patrimoniais". Segundo os bloquistas, "pretende-se assim garantir o princípio de laicidade do Estado, não afetando as obras de solidariedade social".