Está aqui

Parlamento catalão apela à marcação de eleições

Por 62 votos contra 61, foi aprovada a proposta dos socialistas que pede ao governo que se submeta a uma moção de confiança ou que marque eleições antecipadas. Quim Torra atribui o resultado ao “voto de qualidade” do juiz Llarena, que mantém suspensos quatro deputados da maioria.
Quim Torra num plenário parlamentar desta semana. Os lugares dos deputados suspensos estão assinalados com laços amarelos. Foto Parlamento da Catalunha.

A “inoperância do governo da Generalitat, a falta de Orçamento para o ano de 2019 e a perda da maioria parlamentar” foram os três argumentos principais da proposta aprovada esta quinta-feira no parlamento catalão com os votos das bancadas do PSOE, autor da proposta, do Ciudadanos, Catalunya en Comú-Podem e PP.

A aprovação da proposta só foi possível porque os quatro deputados da bancada da CUP não participaram na votação, bem como os cinco deputados dos partidos do governo — quatro do Junts per Catalunya e um da Esquerda Republicana — que perderam o mandato por estarem acusados no julgamento contra os independentistas.

A frágil maioria dos independentistas, condicionada pelo processo judicial que corre em Madrid e que impede a delegação de voto dos deputados presos e exilados, não conseguiu aprovar o Orçamento para este ano.

“A maioria parlamentar escolhida a 21 de dezembro recusa a moção dos socialistas. Ciudadanos, PSC, Comuns, PPC e o voto de qualidade de Llarena [o juiz que retirou o mandato aos implicados no processo] juntam forças para pedir que convoque eleições. Continuamos a governar com a ambição republicana intacta”, respondeu Quim Torra no Twitter, após contestar o resultado da votação por não serem contados os votos dos deputados do seu partido suspensos pelo Supremo Tribunal.  

 

Termos relacionados Catalunha, Internacional
(...)