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Paris homenageia Amadeo de Souza Cardozo

Uma exposição dedicada a Amadeo de Souza Cardoso vai ser inaugurada a 20 de abril no Grand Palais, em Paris, reunindo cerca de 300 obras em pintura, fotografia, gravura e desenho.
Foto da Fundação Calouste Gulbenkian.

A mostra, comissariada por Helena de Freitas é da responsabilidade do organismo público francês Réunion des Musées Nationaux et du Grand Palais des Champs-Élysées, com apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, e tem como objetivo dar a conhecer a obra de um artista que apesar de ter falecido com 30 anos, teve uma vida intensa.

Além das 250 obras de Amadeo de Souza Cardoso, poderão também ser vistas 15 obras de outros artistas, que pertenceram ao círculo mais próximo do pintor português, destacando-se, entre estes, Modigliani, o casal Robert e Sonia Delaunay, e Brancusi.

Nesta exposição, será também apresentado um tríptico em vídeo encomendado ao artista Nuno Cera, pela Fundação Calouste Gulbenkian, intitulado "Tour d’Horizon”, que mostra os lugares de referência de Amadeo como Manhufe, onde nasceu, a Bretanha e Paris.

Entre as obras mais importantes desta exposição importa destacar "Le Saut du lapin" (1911), um óleo sobre tela proveniente do Art Institute of Chicago, "Avant la corrida", outra tela que tinha sido exibida no Grand Palais, no Salão de Outono, em 1912, e que foi no ano seguinte para a exposição Armory, nos Estados Unidos, onde foi vendida, pertencendo atualmente ao acervo da Gulbenkian.

"Procession Corpus Christi", "La Cuisine de la maison de Manhufe", "Casa do Ribeiro", "Cavaliers", "L’Athlète", todas datadas de 1913, são outras telas que serão expostas, que pertencem à coleção da Fundação Calouste Gulbenkian ou a coleções particulares.

Desenhos, caricaturas e postais

No que diz respeito aos desenhos, poderão ser vistos, entre outros, "Le bain des sorcières", "L’athlète", "Le tournoi", "Le tigre", "La tourmente", "Les chevaux du sultan", "La Détente du cerf", "La forêt merveilleuse", muitos dos quais forma criados para o álbum "XX Dessins", que Amadeo imprimiu e replicou, para divulgar a sua obra na cena artística da época.

Esta iniciativa permitirá ver ainda dezenas de caricaturas, uma expressão artística que despontou em Amadeo de Souza Cardoso, bem como postais trocados com a família, outros artistas e a própria mulher, Lucie Souza Cardoso, que guardou grande parte do espólio do artista, após a morte, regressando a Paris, onde se rodeou dos quadros de Amadeo, que cobriam as paredes da residência, revelam as fotografias da época.

A exposição poderá ser vista até 18 de julho.

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