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Países da UE não chegam a acordo sobre utilização do glifosato
Esta quinta-feira ficou novamente claro não ser possível garantir, entre os Estados-membros que integram o Comité sobre Plantas, Animais, Alimentos de Consumo Humano e Animal da Comissão Europeia, a maioria qualificada necessária para fazer aprovar a renovação, por mais nove anos, da licença para a comercialização e uso do glifosato no espaço comunitário, pelo que a Comissão Europeia anunciou o adiamento da decisão.
“Uma vez que é claro que não se atingirá uma maioria qualificada, não se fará a votação”, avançou um porta-voz da Comissão Europeia (CE) em declarações à imprensa.
"A Comissão vai refletir no desfecho da discussão. Se não for tomada qualquer decisão até 30 de junho, o glifosato deixará de ser autorizado na UE, e os Estados-membros terão de retirar as autorizações a todos os produtos à base de glifosato", acrescentou.
Países como a França e o Luxemburgo declararam publicamente a sua oposição à renovação da licença de comercialização e uso do herbicida na União Europeia. Na passada terça-feira, o ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos assinalou que Portugal iria abster-se na votação.
Em Portugal, uma petição a favor da proibição do glifosato, utilizado no herbicida Roundup, da gigante agroquímica Monsanto, já reuniu 15 mil assinaturas.
No documento, os peticionários lembram que o glifosato é considerado um “carcinogénico provável para o ser humano” pela Agência Internacional de Investigação sobre o Cancro (IARC), agência da Organização Mundial de Saúde (OMS), apelando ao Governo Português que “proíba o uso, venda e distribuição deste herbicida, usado em culturas geneticamente modificadas, jardins, entre outros usos, em todo o território português”.
Esta quarta-feira, a proposta do Bloco relativa à proibição de aplicação de produtos contendo glifosato em zonas urbanas, de lazer e vias de comunicação, foi chumbada pela direita e pelo PCP.
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