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ONU apela ao fim dos ataques israelitas a ONG na Palestina

As agências das Nações Unidas nos territórios ocupados exigem o levantamento da proibição da atividade de sete ONG que o governo de Israel designou como terroristas, encerrando as suas sedes e roubando o material que ali se encontrava.
A sede do sindicato dos comités de trabalho agrícola UAWC) foi entaipada pelas forças israelitas. Foto UAWC

Na madrugada de quinta-feira, sete ONG ligadas aos direitos humanos na Palestina viram as suas sedes encerradas e alvo de buscas por parte das forças israelitas. As ONG queixam-se de terem visto as suas instalações vandalizadas e roubado o material que ali se encontrava, no que consideram uma tentativa de destruição de provas dos crimes do apartheid israelita. O governo israelita alega que as organizações têm ligações à Frente Popular para a Libertação da Palestina e passou a designá-las como terroristas.

Em comunicado conjunto, as agências da ONU  e um conjunto de 83 ONG internacionais que trabalham nos territórios palestinianos ocupados afirmam que “as autoridades israelitas não apresentaram qualquer prova convincente às agências da ONU nem às ONG associadas que trabalham nos territórios palestinianos ocupados que apoiasse essa designação” e instam o governo de Israel "a permitir que as organizações humanitárias e de direitos humanos continuem com o seu trabalho”.

Também a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos expressou discordância com o encerramento das ONG. Em comunicado citado pela Lusa, o gabinete de Michelle Bachelet afirma que se trata de um encerramento “totalmente arbitrário” e que “os defensores dos direitos humanos devem ser protegidos imediatamente destes ataques injustificados”.

Os ataques da madrugada de quinta-feira às sedes das organizações palestinianas de direitos humanos são também o alvo da organização Jewish Voice for Peace, que lançou uma campanha de pressão sobre os congressistas norte-americanos para que aprovem uma resolução a condenar a ação israelita. "O governo israelita está a trabalhar aberta e flagrantemente para apagar documentação e a divulgação do seu violento regime de apartheid", acusa esta organização.

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