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Onda de calor na Europa provocará “derretimento acelerado” de glaciares

Onda de calor bate recordes históricos em Alemanha, Bélgica e Holanda, que tiveram os dias mais quentes de sempre. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) prevê que o calor chegue à Gronelândia e provoque “derretimento acelerado” dos glaciares.
Mapa das temperaturas na Europa em 25 de julho de 2019 – Fonte: Organização Meteorológica Mundial
Mapa das temperaturas na Europa em 25 de julho de 2019 – Fonte: Organização Meteorológica Mundial

Segundo a OMM, esta nova onda de calor que atingiu a Europa, a segunda em menos de um mês, teve por origem o ar quente vindo do norte de África e de Espanha e será transportada para a Gronelândia, provocando “altas temperaturas” e “aumentando o derretimento” dos glaciares.

A organização prevê também que a onda de calor tenha impacte no gelo do Ártico, “onde a perda de gelo na primeira metade do mês de julho correspondeu às taxas de perdas observadas em 2012”, o ano que registou a menor extensão de gelo em setembro.

Esta onda de calor levou a que na Alemanha, na Bélgica, na Holanda e no Luxemburgo se tivessem registado temperaturas superiores a 40º C, batendo recordes históricos nesses países.

Na França, Paris registou o dia mais quente de sempre, com 42,6º C, e o Reino Unido registou o dia mais quente de sempre do mês de julho.

A OMM assinala também que esta vaga de calor se segue a uma onda em junho, que fez com que fosse o junho mais quente de sempre no continente, com temperatura média superior em dois graus ao normal. A organização refere também que o mês de junho foi o mais quente em todo o mundo, tendo-se verficado graves incêndios no Ártico.

Calor intenso nos países nórdicos

A onda de calor que atingiu o centro da Europa e os países acima referidos nos dias 25 e 26 de julho, chegou este sábado aos países nórdicos.

Segundo a agência Lusa, Suécia, Noruega e Finlândia registaram temperaturas muito elevadas para estes países, neste sábado, 27 de julho.

Crianças banham-se numa fonte em Bruxelas, 26 de julho de 2019 – Foto de Stephanie Lecocqu Crianças_Bruxelas_Stephanie Lecocqu
Crianças banham-se numa fonte em Bruxelas, 26 de julho de 2019 – Foto de Stephanie Lecocqu
Crianças_Bruxelas_Stephanie Lecocqu

A pequena cidade de Markusvinsa (norte) foi atingida por um recorde de 34,8º C, a temperatura mais elevada verificada este ano na Suécia, a “mais alta no norte desde 1945 e a terceira mais elevada” já registada, segundo declaou à AFP o meteorologista Jon Jorpeland.

As autoridades destes países alertaram para o risco de escassez de água em agosto em várias regiões.

Alterações climáticas e ondas de calor

Johannes Cullmann, diretor do departamento de clima e água da OMM, salienta que estas “ondas de calor intensas” têm a “assinatura da mudança climática provocada pelo homem”. Cullmann refere também que a OMM prevê que 2019 seja um dos cinco anos mais quentes já registados e que os últimos cinco anos, 2015-2019, seja o quinquénio mais quente de sempre. A organização enviará um relatório sobre o estado do clima nos últimos cinco anos à Cimeira do Clima que se realizará em setembro próximo.

Ativistas climáticos apelam à participação na Greve climática global de 20 a 27 de setembro de 2019:

 

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