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Ocupação estudantil despejada à força em Amesterdão

Esta segunda-feira, milhares de pessoas saíram à rua em Amesterdão para protestar contra o despejo da ocupação e a atitude da direção da universidade, e em defesa de uma universidade livre e pública.
A ocupação ganhou apoio não apenas entre os estudantes mas também dos funcionários e professores. Durante semanas, os estudantes em protesto organizaram conferências, assembleias e outras atividades em torno da sua proposta para uma universidade mais democrática.
Figuras como David Harvey, Noam Chomsky, Judith Butler apoiaram publicamente este protesto e outras, como David Graeber ou Jacques Rancière, participaram nas discussões abertas promovidas pelos estudantes. Durante estas semanas, estudantes e direção da universidade negociaram reformas no funcionamento da instituição e chegaram mesmo a um princípio de acordo que permitiria o fim da ocupação, prevista para esta segunda-feira, após a realização de um "festival da Ciência e Humanidades" dentro da universidade.
No entanto, a direção da universidade de Amesterdão não aceitou a realização desta iniciativa e contou com a ajuda dos tribunais para a impedir. No sábado, a polícia de choque entrou no edifício para expulsar os estudantes, detendo nove pessoas.
"A pouca confiança que tinha sido reconstruída a muito custo nas últimas semanas foi agora completamente esmagada. Consideramos que esta escalada de força desnecessária e excessiva é da responsabilidade da direção da universidade", dizem os estudantes numa petição em que exigem a demissão da direção, o fim da perseguição judicial aos estudantes e novas eleições de dirigentes que consigam levar a cabo as reformas democrática que a instituição precisa.
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