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Obstetrícia do Hospital de Setúbal: “Problema não só se mantém como se tem agravado”
A situação é crónica, “o problema não só se mantém como se tem agravado”, aponta o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) em comunicado.
A estrutura sindical explica que, “de um quadro de pessoal que deveria estar dimensionado para 23 médicos, apenas existem 11”. E, “desses, oito têm mais de 55 anos mas continuam solidariamente a fazer urgências”. Acresce que está prevista a aposentação de cinco médicos até ao final do ano.
De acordo com o SIM, a administração do Hospital de São Bernardo “tem-se manifestado disponível para contratar médicos”. O problema é que “não há interessados”.
“Há muita oferta de múltiplos hospitais. O SNS não tem possibilidade de competir com os hospitais privados e PPPs [parcerias-público-privadas] na contratação dos novos especialistas”, esclarece a estrutura sindical.
De facto, “com as condições atuais de oferta do SNS, os concursos de Ginecologia/Obstetrícia no Hospital de Setúbal têm ficado desertos, pela baixa remuneração oferecida e pela sobrecarga de trabalho provocada por uma equipa reduzida em elementos. A quem interessa esta situação?”, questiona o SIM.
A urgência de obstetrícia do Hospital de São Bernardo, em Setúbal, está encerrou às 9h da manhã de quarta-feira, e durante 24 horas, devido à falta de médicos desta especialidade.
"É uma questão pontual, por falta de recursos humanos", avançou o gabinete de comunicação do Centro Hospitalar de Setúbal.
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