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O fel de António Costa no debate visto nas redes
No debate desta terça-feira, Catarina Martins marcou os temas. António Costa trouxe o mel e o fel, o argumento da esquerda “dar a mão à direita” a propósito do voto contra o Orçamento e lançou para a mesa propostas do Bloco que nunca considerou serem impeditivas de um acordo.
O primeiro-ministro quis entrar ao ataque afirmando que “há dois blocos, um na campanha cheio de mel e outro que atua na Assembleia cheio de fel.” Ana Gomes, considerando que Catarina Martins esteve “incisiva e eficaz no contra-ataque”, notou quem trouxe o fel para o debate e como o quis “despejar sobre o BE”.
Debate Costa-Catarina: #catarinabem, incisiva e eficaz no contra-ataque, virando-o. Mas sem tempo para responder a golpe malino dos 30 milhões para reprivatizações… Em suma: BE pode ter sido mel e fel. Já Costa mostrou só sobrar fel para despejar sobre BE…
— Ana Gomes (@AnaMartinsGomes) January 11, 2022
E esta atitude do dirigente do Partido Socialista fez com que João Quadros considerasse que conseguiu fazer de polícia bom e de polícia mau ao mesmo tempo.
O costa consegue fazer de polícia bom e policia mau durante um debate
— Joao Quadros (@omalestafeito) January 11, 2022
Já Gonçalo Cruz questionou-se a propósito desta hostilidade: “o adversário do Costa nestas eleições é a Esquerda em geral e o BE em particular? Que maravilha.”
A ver se eu entendi: o adversário do Costa nestas eleições é a Esquerda em geral e o BE em particular?
Que maravilha. Mal posso esperar pelas próximas sondagens
— Gonçalo Cruz, Lesado™️ de 20/21 (Obrigado, Costa!) (@GoncaloPCruz) January 11, 2022
O primeiro-ministro atacou também de início dizendo que o voto contra o Orçamento dava a mão à direita, o diligente Jovem Conservador de Direita lembrou-lhe que o conceito de bloqueio de esquerda é capaz de ter direitos de autor da direita liberal.
O Dr. António Costa a acusar a Dra. Catarina Martins de bloqueio de esquerda. Conto com um processo em tribunal, Dr. @jcf_liberal.
— Jovem Conservador de Direita (@JCdeDireita) January 11, 2022
E Ricardo Vaz relembrou-lhe com quem o PS mais votou no Parlamento.
António Costa fala sobre “dar mãos à direita e extrema-direita”. Se é para falar de dar a mão à direita, que se fale:
Com quem PS mais votou? PSD, PAN, IL E CDS respetivamente
Bloco e PCP são o 5.º e 6.º partidos com os quais PS mais votou (em 9) pic.twitter.com/SgAFHVzhYF— Ricardo (@ricardxvaz) January 11, 2022
E o Applehead notou que o primeiro-ministro “terminou o debate a acusar o Bloco de Esquerda de ser... de esquerda” sobre a questão das privatizações e “revelou-se pouco preparado”.
O Costa terminou o debate a acusar o Bloco de Esquerda de ser de...esquerda.
— Applehead (@bolapreta29) January 11, 2022
Não consigo perceber, o António Costa vai para um debate com a Catarina Martins sem se preparar?
Pensava que este debate ia ser fácil para ele?— Applehead (@bolapreta29) January 11, 2022
Por sua vez, José Gusmão comentou como o Primeiro-Ministro “não consegue explicar a rejeição das propostas que o Bloco apresentou para aprovar o Orçamento” e, por isso, Costa usa como desculpas propostas que desde 2015 nunca foram condição para coisa nenhuma. E não serão depois de 31 de Janeiro”.
Como não consegue explicar a rejeição das propostas que o Bloco apresentou para aprovar o orçamento, António Costa usa como desculpas propostas que desde 2015 nunca foram condição para coisa nenhuma. E não serão depois de 31 de Janeiro. #Legislativas2022
— José Gusmão (@joseggusmao) January 11, 2022
Sobre os temas que dominaram o debate, na saúde, o enfermeiro Mário Macedo lembrou que a dedicação exclusiva dos médicos do SNS defendida pelo Bloco “não é nada” daquilo que Costa afirmara e que estava no espírito da Lei da Bases da Saúde.
Lamento Sr Costa, mas a dedicação exclusiva que defendemos e que estava no espírito da Lei de Bases, não é nada do que acabou de afirmar
— Mário A. Macedo (@Mmacedo_tweets) January 11, 2022
E o deputado bloquista Moisés Ferreira criticou a “famosa dedicação plena do PS” que afinal não quer dizer exclusividade no SNS.
António Costa explicou a famosa dedicação plena do PS: é para os profissionais de saúde produzirem mais, mas não para ficarem em exclusividade no SNS.
Podiam chamar-lhe outra coisa? Podiam, mas não dava para fazer de conta que estavam a cumprir a Lei de Bases.
— moises ferreira (@moisesscf) January 11, 2022
E elencou os votos que pensa provarem que o governo não tem valorizado os profissionais do SNS.
Revisão da carreira de TSDT. PS votou contra. Criação da carreira de Tecnico Auxiliar de Saúde. PS votou contra. Alterações à carreira de enfermagem. PS votou contra. Posto isto, António Costa diz que o seu Governo e os seus orçamentos têm valorizado os profissionais de saúde.
— moises ferreira (@moisesscf) January 11, 2022
Sobre trabalho, Pedro Filipe Soares contestou a ideia lançada por Costa, quando diz que "não avançamos mais no combate à precariedade devido à esquerda” realçando que foi António Costa quem “deu várias vezes a mão à direita para chumbar as propostas da Esquerda e para introduzir precariedade com o alargamento do período experimental”.
Nas questões laborais, António Costa deu várias vezes a mão à direita para chumbar as propostas da Esquerda e para introduzir precariedade com o alargamento do período experimental.
E agora diz que não avançamos mais no combate à precariedade devido às esquerda?! Está desesperado— Pedro Filipe Soares (@PedroFgSoares) January 11, 2022
Sobre Segurança Social e o fim do duplo corte a algumas dezenas de milhar de pensionistas, Tiago Silva desmentiu o primeiro-ministro: “não é verdade que eliminar os cortes que o BE propõe nas reformas tivesse o custo de 400 milhões de euros. Nem pouco mais ou menos”.
Não é verdade que eliminar os cortes que o BE propõe nas reformas tivesse o custo de 400 milhões de euros.
Nem pouco mais ou menos.— Tiago Silva (@hugotiago_) January 11, 2022
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