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Netanyahu negoceia acordo com Justiça israelita
Benjamin Netanyahu, líder do Likud e primeiro-ministro de Israel durante doze anos, poderá não ser sujeito a prisão apesar das múltiplas acusações de suborno, fraude e abuso de confiança a que está sujeito desde 2019, altura em que ainda estava no poder.
Segundo a imprensa israelita, Netanyahu poderá admitir a culpa em duas acusações de abuso de confiança, resultando numa pena suspensa e pena de prisão comutada em serviço comunitário. Em troca, o procurador-geral, Avichai Mandelblit, deixa cair as acusações relativas aos crimes de fraude e suborno.
De acordo com a Reuters, o único obstáculo será a exigência do procurador-geral em incluir uma cláusula de “torpeza moral” na admissão de culpa de Netanyahu, algo que o impediria de ter qualquer cargo político nos próximos sete anos.
O atual líder da oposição rejeita até ao momento a inclusão desta cláusula, que abriria uma guerra de sucessão dentro do Likud e encerraria definitivamente a sua vida política.
Netanyahu foi acusado de tratamento preferencial de uma empresa de telecomunicações em troca de cobertura de imprensa favorável no seu site noticioso Walla. Noutro caso, Netanyahu é acusado de solicitação de cobertura noticiosa favorável, e numa terceira acusação de receber centenas de milhares de dólares de amigos em troca de tratamento favorável.
O Likud chegou ao poder sob a sua liderança em 2009, e manteve-se no poder sob diferentes geometrias de coligação governativa e parlamentar até 2021, quando uma coligação liderada por Naftali Bennet, um ex-chefe de gabinete de Netanyahu mais próximo da extrema-direita, que agregou uma maioria formada pelos liberais mas também os trabalhistas do Meretz, o Yisrael Beitenu, a Nova Esperança ou o Azul e Branco.
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