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"Não tenho medo": Meio milhão de pessoas manifestam-se em Barcelona

A manifestação contra os atentados terroristas no centro de Barcelona contou com a presença do monarca e do primeiro ministro de Espanha, para além das principais autoridades políticas catalãs.
Foto Guardian Urbana/Twitter

A primeira fila da marcha foi reservada a 75 elementos das forças de segurança e membros dos serviços de emergência que acorreram logo após os atropelamentos mortais nas Ramblas e em Cambrils. Só depois desfilaram os representantes políticos espanhóis e catalães.

“Se a sua ideologia é a morte, a nossa é uma aposta decidida pela vida”, dizia o texto lido pela atriz Rosa Maria Sardà e a ativista associativa Miriam Hatibi na concentração final na Praça da Catalunha, que contou também com um momento musical. "Somos muitos milhões de pessoas que recusamos a violência e defendemos a convivência", concluíram.

Logo atrás da fila de representantes políticos podiam ver-se muitas bandeiras catalãs e cartazes críticos da islamofobia e do comércio de armas entre Espanha e os países que promovem a violência sectária religiosa, como a Arábia Saudita.

“As vossas políticas, os nossos mortos”, lia-se numa faixa que ocupava quase toda a largura do cortejo, após uma semana de alguma tensão entre os governos de Madrid e Barcelona, que se prepara para organizar uma consulta referendária sobre a independência, com trocas de acusações sobre aproveitamento político da tragédia.

A presença de Felipe VI - foi a primeira vez que um rei de Espanha participou numa manifestação - e de Mariano Rajoy foi contestada com uma assobiadela à sua chegada, que se repetiu algumas vezes durante o cortejo.

À margem desta manifestação, realizou-se outra marcha também no centro de Barcelona, convocada por mais de 100 associações, para quem se recusou a desfilar ao lado de Rajoy e Felipe VI.

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