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“Não faz sentido um doente recusar internamento ou quarentena”, defende Francisco George

O antigo director-Geral de Saúde diz-se favorável a mudar a Constituição para permitir o internamento compulsivo, hoje apenas previsto para casos do foro psiquiátrico.
Francisco George
Francisco George. Foto Arno Mikkor (EU2017EE)/Flickr

Em declarações à Rádio Renascença, o antigo director-Geral de Saúde falou do surto do coronavírus que está a preocupar o mundo e deixou um apelo aos deputados para que alterem a Constituição de forma a permitir o internamento obrigatório de doentes quando está em causa a saúde pública.

“Neste país, um doente que tenha uma tuberculose ativa multirresistente ou uma infeção com ébola ou agora com o coronavírus, pode sair do hospital e entrar no metropolitano e transmitir a sua infeção a quem está junto dele no metropolitano, no autocarro, no cinema. Isso não faz sentido”, afirmou Francisco George, defendendo uma alteração à Constituição “no sentido de permitir o internamento obrigatório em nome dos interesses da saúde pública”.

Atualmente, o internamento compulsivo apenas está previsto para os casos do foro psiquiátrico. Para Francisco George, os deputados têm de perceber que “não faz sentido um doente recusar internamento ou quarentena quando em todo o mundo desenvolvido estas medidas de saúde pública continuam em vigor”.

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