Está aqui
Museu Nacional de Arqueologia pode fechar por falta de trabalhadores diz sindicato
“O número de recrutamentos exigido para o Museu Nacional de Arqueologia não é negociável”. As palavras dos dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia não se devem a nenhuma intransigência mas à constatação de que, sem estas contratações, este organismo corre o risco de fechar.
Regis Barbosa, presidente do Starq, explicou a situação à agência Lusa, esclarecendo que o sindicato reuniu no passado dia dez com a secretária de Estado adjunta e do Património Cultural, Ângela Ferreira.
Segundo o dirigente sindical, há cerca de “20 trabalhadores a sair por reforma”. Sendo a equipa do museu constituída por um total de 38 elementos. O envelhecimento dos quadros do museu faz com que, por exemplo, a biblioteca do museu apenas se mantenha em funcionamento devido à “responsável do serviço ter acedido em continuar a trabalhar, apesar de já ter ultrapassado a idade da reforma”.
A Direção-Geral do Património Cultural, responsável pela instituição, reconhece este envelhecimento e anuncia que a breve prazo irá regularizar os precários que aí trabalham. Para além disso, esclareceu à agência noticiosa nacional que já entrou no ano passado uma técnica-superior nos quadros e “está em perspetiva uma nova entrada já no próximo ano”.
Outro dos concursos que decorre é para conservador-restaurador. Só que, devido à escassez de profissionais do setor no Estado, o Starq defende que o lugar “dificilmente será preenchido sem a abertura de concurso externo”.
A DGPC anuncia ainda que mais cinco trabalhadores, três arqueólogos e dois conservadores-restauradores, poderão juntar-se à equipa através do fundo EAA Grants, o que depende da assinatura de três países doadores: Noruega, Islândia e Liechenstein. O Starq quer o que o processo de recrutamento seja transparente e exige “o estabelecimento de vínculos laborais estáveis com estes trabalhadores”.
Adicionar novo comentário