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Mural Sonoro comemora 10 anos com lançamento de revista digital

A ideia surgiu em tempos de pandemia e em cada edição mensal serão abordados vários temas com autores que se cruzaram com a Associação e a plataforma Mural Sonoro. A revista digital terá como base quatro linhas fundamentais: o género, o racismo, as artes e a cultura.
Capa da Revista nº1 da Mural Sonoro
Capa da 1ª edição da Revista digital da Mural Sonoro

A Mural Sonoro lançou esta segunda-feira, dia 22 de junho, a primeira edição da sua revista digital. Segundo a organização, “a ideia de criação de uma revista digital mensal arboresceu no início da pandemia, fruto do recolho prolongado, primeiro auto-imposto, depois obrigatório. A ela juntaram-se muitos ramos que aprecio de diferentes formas, tons e feitios”, refere Soraia Simões, a dinamizadora deste projeto.

O lançamento da revista digital também serve para comemorar os 10 anos de existência da Mural Sonoro e assim “pareceu-nos uma forma feliz de celebrar dez anos de existência da plataforma Mural Sonoro, repensando daqui em diante outros modelos de comunicação e divulgação de conhecimentos”.

O projeto irá juntar vários autores que já passaram pela Mural Sonoro e vai ter como base quatro linhas fundamentais: o género, o racismo, as artes e a cultura. Vai procurar “estabelecer uma ligação entre áreas do saber e das práticas culturais e artísticas (história contemporânea, sociologia, antropologia, história da arte, musicologia, jornalismo, pintura e literatura, videoarte, história oral) fomentando sempre a inclusão de perspectivas e reflexões”. 

Um dos temas da primeira edição da revista digital da Mundo Sonoro é o racismo, já que “Portugal é um dos poucos países onde ainda estamos a desbravar o terreno da discussão pública sobre temas que são matéria de estudo e de debate sério há mais de duas décadas em diversos países europeus e não europeus. O problema em falar abertamente sobre a colonização, parte integrante da sua história, tem vindo a desaguar inevitavelmente na dificuldade em falar do tema do racismo, herdeiro do processo colonial português, de forma séria e informada, na comunicação social mas também no campo das artes e da cultura”.

Esta primeira edição conta com os contributos da historiadora Eunice Relvas que vai explicar como há 102 anos durante a pandemia de pneumónica não acabaram os espetáculos em Lisboa, a investigadora do CES Dora Fonseca sobre o teletrabalho, um artigo do Manuel Pedro Ferreira, o historiador afro-americano Wynton Guess analisa o impacto da covid-19 no mundo das artes e vários poemas da Regina Guimarães e do Pedro Branco, entre outros.

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