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Muitos trabalhadores em greve em super e hipermercados

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), “muitos milhares de trabalhadores” de super e hipermercados fizeram greve neste 1º de Maio.
“Dos dados que é possível recolher, observa-se que muitos milhares de trabalhadores não se apresentaram ao trabalho, apesar das pressões, chantagens e também aliciantes oferecidos para furarem a greve”, refere o sindicato, em nota citada pela Lusa.
O CESP diz que “há muitas situações de grande adesão, de tal modo que há lojas que encerraram as portas e muitas outras funcionam em condições precárias, recorrendo a pessoas que habitualmente não exercem nas placas de vendas ou contratando temporariamente trabalhadores para substituir grevistas”.
O sindicato salienta que a greve foi decretada para "tornar público o descontentamento generalizado com as condições de trabalho e salariais" destes trabalhadores.
"As empresas não têm falta de dinheiro, apostam sim em desvalorizar os salários e empobrecer os trabalhadores, porque, como se observa, têm muito dinheiro para investir milhões e milhões em campanhas de baixa de preços - dumping - para destruir a concorrência e a produção agrícola, agroindustrial e industrial nacional", acrescenta o comunicado sindical.
O sindicato sublinha também que os trabalhadores combatem “as propostas das empresas para reduzir rendimentos e empobrecer mais trabalhadores, desorganizar ainda mais a vida pessoal e familiar, tornar ainda mais penosa a vida de quem trabalha no setor e agravar ainda mais as condições que deterioram a saúde através de horários ainda mais flexíveis e desregulados”.
As reivindicações dos trabalhadores são “a atualização dos salários com base nos valores médios praticados” e “que os operadores de armazém das logísticas, das cadeias de distribuição, sejam enquadrados nos mesmos níveis de qualificação dos operadores de loja, com os mesmos níveis salariais”.
Note-se que o Pingo Doce, da família Soares dos Santos, lançou uma campanha de promoção contra o 1º de Maio, anunciando descontos de 50% em 100 produtos. Enquanto o Continente, de Belmiro de Azevedo, lançou uma promoção de “mais de 1.700 produtos” com 50% de desconto direto – neste caso, a campanha prolonga-se pelos dias 2 e 3 de maio.
Há também mais pessoas, que recusam estas campanhas dos mais ricos de Portugal contra o 1º de Maio. Uma senhora em Coimbra, citada pela Lusa, que foi ao Continente sem intenção de aproveitar as promoções, diz que viu muita gente, não tinha conhecimento da greve, mas afirma: “Eu tenho uma empresa e ela hoje está fechada. Os trabalhadores devem ter direito ao feriado”.
Comentários
Distribuição
Não esquecer que também existe o Lidl, o Dia (minipreço), o Intermarché, o Aldi.
A gestão das pessoas é feita em folhas de cálculo...
Não existe democracia nos locais de trabalho...
Existe uma desvalorização das tarefas e do seu valor...
Existe uma aliança (IDEOLÓGICA) consciente da Aped e do governo
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