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Morreu Gaid Salah, chefe do exército da Argélia

Ahmed Gaid Salah, o poderoso chefe do exército da Argélia e líder de facto do país, morreu esta segunda-feira. De acordo com o noticiado pela rádio estatal do país, Salah morreu no hospital militar após um ataque cardíaco.
Salah era o líder de facto do país após o movimento pró-democracia ter afastado do governo no passado mês de abril o presidente Abdelaziz Bouteflika, há décadas à frente do país e que há muito não falava em público.
Aos 79 anos, Gaid Salah foi parte importante na marcação de eleições e no início do ano chegou a gravar um discurso que posteriormente foi divulgado pelas televisões onde pedia a Bouteflika que abandonasse o cargo.
Posteriormente, foi a seu mando que o exército conduziu uma série de detenções a apoiantes do ex-presidente numa alegada campanha anti-corrupção vista como uma purga de rivais dos órgãos do poder.
As manifestações que têm ocorrido nas ruas do país levaram à marcação de eleições presidenciais para 12 de dezembro. Segundo a Reuters, Abdelmajid Tabboune, o novo presidente da Argélia, declarou uma semana de luto nacional e nomeou o General Said Chengriha, chefe de um dos ramos das forças armadas, para o substituir como chefe do exército.
Porém, a queda de Bouteflika, a marcação de eleições e a eleição de Tabboune não foram suficientes para calar os protestos nas ruas. Os manifestantes exigiam também que Gaid Salah abandonasse o cargo e deixavam claro querer “um Estado civil, não um Estado militar”.
Continua a não ser clara a forma como o governo da Argélia irá lidar com os protestos nas ruas que duram desde fevereiro e que não diminuíram com a eleição de Tabboune na passada semana. Embora o novo presidente tenha falado em diálogo no seu discurso de inauguração, desde que foi eleito que a repressão nas ruas aumentou de intensidade, bem como o número de manifestantes detidos.
Comentários
Há várias incorreções neste
Há várias incorreções neste artigo:
- Tebboune (com -e);
- Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas (não Chefe do exército);
- Bouteflika estava no poder há quase 20 anos, não chegou a fazer 20, logo não são décadas;
- Não foi uma semana de luto nacional. Foram 3 dias de luto nacional e 7 dias de luto nas instituições militares;
- E não foram as manifestações nas ruas que causaram as eleições, muito pelo contrário, já que os contestatários estão contra o escrutínio eleitoral.
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