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Ministro da Cultura recusa demitir Celeste Amaro

Na audição parlamentar sobre os atrasos dos apoios às artes, requerida pelo Bloco de Esquerda, o deputado Jorge Campos pediu a demissão da Diretora Regional de Cultura do Centro. O Ministro da Cultura não demite Celeste Amaro e diz que esta “retratou-se” em comunicado.
Imagem retirada do facebook.
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A Diretora Regional de Cultura do Centro “retratou as afirmações” e, por isso, o Ministro da Cultura recusa-se a demitir a responsável nomeada pelo governo PSD/CDS. Na audição parlamentar dedicada aos problemas do novo modelo de apoios às artes, requerida pelo Bloco de Esquerda, o deputado Jorge Campos considerou “insustentável” a sua manutenção no cargo e, por isso, “o Bloco de Esquerda pede a sua demissão”, afirmou.

Foi depois do envio do requerimento para a chamada do ministro à comissão de cultura que surgiu o insólito caso das declarações de Celeste Amaro, onde a responsável afirmou que as estruturas que solicitam financiamento público são “um incómodo” para a Administração Central e elogiou quem “prefere trabalhar” a “ficar no computador a tratar do processo [de candidaturas]”.

Logo na sua primeira intervenção, o deputado questionou se o Ministro considerava que a Diretora Regional tinha condições para continuar no cargo,  “tendo quebrada de forma tão evidente a relação de confiança com o sector junto do qual deveria ser sua representante, pode a Dra. Celeste Amaro desempenhar as funções que lhe cabem?"

Jorge Campos relembrou ainda que as declarações de Celeste Amaro motivaram já uma “ampla mobilização” no setor, com uma petição que em poucos dias reuniu o apoio de mais de 1200 subscritores, entre os quais mais de uma centena de atores e atrizes, e dezenas de estruturas culturais - com e sem financiamento público -, onde se encontram, por exemplo, o Teatro Viriato, os Artistas Unidos, o Teatro do Bolhão ou ainda a Escola da Noite.

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