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Ministra da Saúde admite reorganizar urgências e redistribuir recursos

Marta Temido admitiu estas reorganizações em resposta ao deputado bloquista Moisés Ferreira, que a questionou sobre se pretende fazer concentração de urgências e “encerramentos de especialidades em determinados hospitais”.
Foto: Alejandra De Lucca V./Minsal/Fotos Públicas
Foto: Alejandra De Lucca V./Minsal/Fotos Públicas

O deputado bloquista Moisés Ferreira começou por questionar a ministra da Saúde, Marta Temido, sobre o entendimento do Governo relativamente a um documento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que admite mudanças no modelo de organização de urgências metropolitanas e regionais, assim como a revisão das redes de referenciação para as várias especialidades hospitalares.

Moisés Ferreira perguntou nomeadamente “se há a possibilidade de haver hospitais que perdem serviços que atualmente têm na sua carteira de serviços”.

A ministra respondeu, de acordo com a Lusa, que “a obrigação do Governo é responder aos portugueses, às suas necessidades assistenciais” e que “isso será feito considerando quais são as melhores respostas em cada momento e a necessidade que possa existir de reorganizar serviços, redistribuir recursos e fazer adaptações”.

Marta Temido disse que as reformas do PRR são para “responder melhor às necessidades da população”, que a atualização das redes de referenciação hospitalar “decorre de uma necessidade técnica” e que “não é intenção a destruição de serviços, pois os serviços não existem para satisfação dos profissionais, mas sim para responder às necessidades das populações”.

Recorde-se que em 2019 circularam notícias sobre o possível encerramento rotativo das urgências de obstetrícia na região de Lisboa. Na altura, o Bloco de Esquerda requereu audições urgentes da ARS Lisboa e Vale do Tejo e de diretores de obstrícia de da MAC e de vários hospitais da região. A medida acabou por não ser tomada, mas continuaram a faltar médicos.

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