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Ministra da Justiça quer ver canábis legalizada em Portugal

A ministra da Justiça juntou este fim de semana a sua voz aos que defendem a despenalização do consumo de canábis e a sua venda controlada no circuito legal. Para Paula Teixeira da Cruz, se a canábis estiver disponível para venda legal, por exemplo nas farmácias, “haverá ganhos para os cidadãos” e menos espaço para o branqueamento de capitais e a criminalidade organizada.
“Está demonstrado que a repressão e a proibição levam a que se pratiquem, não só esses crimes, mas crimes associados», defendeu a ministra, concluindo que “nesse contexto, é óbvio que há vantagens” em despenalizar o consumo e legalizar a venda controlada de canábis.
Em Portugal, apenas o Bloco de Esquerda apresentou no parlamento projetos de lei propondo modelos de legalização. O último foi em 2013, com a proposta de criação de clubes sociais, à semelhança do que existe em Espanha, Bélgica e Suíça, um modelo que retira a vertente comercial da venda de canábis e em que apenas os associados desses clubes podem adquiri-la.
Nos Estados Unidos, em muitos estados a canábis já é vendida em estabelecimentos autorizados para fornecer a planta sob receita médica. Mais recentemente, os cidadãos têm aprovado em referendo ao nível dos estados o alargamento da venda a cidadãos maiores de idade, para uso pessoal e sem depender de prescrição médica.
Comentários
Quando o Bloco em 2013
Quando o Bloco em 2013 apresentou a proposta , o PS através de Elza Pais disse que " está a ponderar apresentar um projecto sobre esta matéria, que enfatize sobretudo a aposta na prevenção para o público jovem "
Espero que o bloco não esqueça este tema e que em conjunto com o PS e outros partidos , elaborem um novo projecto !
Não se trata de política , mas sim do bem estar e segurança das pessoas , por isso um consenso com outros partidos é o melhor caminho !
Cumprimentos
Abordagem inteligente
Parece-me uma iniciativa perfeitamente razoável. Facto é que nos EUA, as medidas que têm transferido a venda de cannabis de um canto obscuro para estabelecimentos sob alçada do Estado só se têm repercutido em reduções nos índices de criminalidade e maior acessibilidade a quem precisa da matéria para atenuar enfermidades. Quanto à aplicação dessas leis na economia, presumo que se tenha verificado uma manutenção de capitais nacionais sem precedentes, o que é lógico, visto que a compra clandestina de qualquer tipo de bens provoca uma saída de capital do país, ainda por cima tratando-se de quantias veladas aos índices nacionais.
Não é por eu ser velho e não ter interesse no consumo destas drogas leves que passo a ser ingénuo e a presumir que a situação está sob controlo, quando é óbvio que o consumo de drogas tem aumentado com a rigidez das medidas contra a sua proliferação. Isso sim, parece-me vergonhoso.
Concordo plenamente
Depois de ter vivido na Holanda, posso dizer que seria uma excelente iniciativa que poderia trazer mais turistas a Portugal.
Se for legalizado, o governo vai ter lucros importantes sem falar da criação de emprego e da economia gerada pela nova onda turística. São hotéis, restaurantes, bares assim como empresas de excursões, museus e outras a ganhar com isso.
Uma fonte de rendimento que não podemos negar em tempo de crise.
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