Está aqui

Milhares participaram na Marcha LGBT+ do Porto

Sob o lema “Desacomoda-te e traz a tua luta também”, a baixa do Porto voltou a encher-se com as cores do arco-íris e a animação da 13ª edição da Marcha do Orgulho LGBT+.
13ª Marcha LGBT+ no Porto. Foto Rui Farinha/Lusa

“Antinatural é não ser feliz”, “Veto trans, vidas adiadas”, “Eu sou bi, não estou confusa” ou “Direitos intersexo são direitos humanos” foram algumas das mensagens inscritas nos cartazes empunhados este sábado entre a Praça da República e a Praça D. João I.

“Apesar de termos uma das melhores leis de proteção destas comunidades, uma coisa é o que existe na legislação e outra coisa é o que existe na prática, em que as pessoas continuam a ser confrontadas todos os dias com questões de preconceito”, disse à Lusa Ana Silva, uma das participantes na marcha que percorreu o centro do Porto.

“Isto é um processo que se vai fazendo caminhando e em Portugal tem-se caminhado – o facto de haver um parlamento a discutir uma lei de alteração de identidade de género é sinal de que o assunto se fala –, mas ainda não chegámos à meta”, apontou.

A 13ª Marcha LGBT+ do Porto contou também com a participação de turistas que se juntaram ao cortejo. Foi o caso do correspondente da BBC na Turquia, Mark Lowen:

“Este tipo de iniciativas visa eliminar o preconceito e a discriminação que existem contra esta comunidade. E, apesar de estas terem vindo a diminuir, quando acabam umas lutas começam outras, pelo que mesmo que consigamos conquistar certos direitos há sempre outros que é preciso conquistar de ano para ano”, defendeu outro manifestante, Pedro Ferreira, lembrando que a primeira edição desta Marcha no Porto serviu para homenagear Gisberta, a transexual assassinada por um grupo de jovens e que se tornou nun símbolo da resistência LGBT+ na cidade.

 

Termos relacionados Sociedade
(...)