O exército israelita lançou três mísseis para a “zona humanitária” do campo de refugiados de Mawasi a oeste de Khan Yunis no sul da Faixa de Gaza. O ataque matou pelo menos 71 pessoas e causou 289 feridos de acordo com as primeiras estimativas e nele estiveram envolvidos caças e drones.
Fontes locais, citadas pela Al Jazeera dizem que as equipas de resgate e sanitárias foram também atacadas enquanto chegavam ao local.
Segundo vários meios de comunicação social israelita, o alvo do ataque seria Mohamed Deif, apresentado como o número dois do Hamas no enclave. Em comunicado, o grupo nega que esse fosse o objetivo escrevendo: “esta não é a primeira vez que as forças de ocupação asseguram atacar líderes palestinianos e se descobre depois que mentiram, estas falsas alegações são usadas para tentar encobrir a escala horrível do massacre”.
Por sua vez, a Autoridade Palestiniana reagiu através de uma declaração do seu porta-voz, Nabil Abu Rudeineh, que disse que este massacre “é a continuação da guerra genocida contra o nosso povo e a administração dos EUA é responsável pela continuação destes massacres”. Isto porque, afirmou segundo a agência Wafa, “sem o apoio americano cego e enviesado esta ocupação não teria conseguido continuar os seus crimes sangrentos contra o nosso povo e desafiar as leis internacionais e as decisões de tribunais internacionais que exigiram o fim do massacre e a proteção do nosso povo”.
E este não foi o único massacre do dia. O Crescente Vermelho da Palestina informou que as suas equipas de emergências recuperaram os corpos de seis mortos e trataram três feridos depois de um ataque israelita a um local de oração no campo de refugiados de Shati na cidade de Gaza. No total, de acordo com a agência noticiosa Reuters, terão morrido pelo menos 17 pessoas que se tinham reunido para as orações do meio-dia.
Segundo as autoridades de saúde de Gaza, há 38.400 mortos e cerca de 88.500 feridos confirmados como resultado da ofensiva do Estado sionista, o número será mais elevado já que não conta com pessoas desaparecidas nos escombros dos ataques.