Marisa promete continuar a lutar por "um país que não aceite a crise e a divisão como política”

24 de janeiro 2021 - 22:21

Na declaração da noite eleitoral, Marisa Matias deixou a garantia de que amanhã continuará “como sempre, com mais energia do que nunca, para as nossas lutas comuns” por um "país solidário".

PARTILHAR
Marisa Matias na noite eleitoral
Marisa Matias na noite eleitoral. Foto Ana Mendes.

“Os resultados estão à vista: não são o que esperávamos, não são os que esperei”, assumiu Marisa Matias na noite eleitoral das presidenciais, começando por agradecer “aos milhares de pessoas que estiveram nas mesas de voto” este domingo a garantir uma eleição com segurança. Os resultados finais ainda não estavam fechados à hora da declaração, mas já eram suficientes para ter felicitado o vencedor, Marcelo Rebelo de Sousa, e ligado a Ana Gomes para dizer que “gosto de ver a sua frontalidade e solidariedade acima das aldrabices e do ódio de André Ventura”.

Numa primeira análise do resultado destas eleições, Marisa destacou um facto “preocupante”: “A direita está em reconfiguração e muitos dos eleitores de direita deste país votaram num candidato da extrema-direita”.

Aos seus eleitores, Marisa deixou a garantia de que “aqui estou, como sempre, com mais energia do que nunca para as nossas lutas comuns”. “Dei neste combate o melhor de mim”, prosseguiu Marisa, sublinhando que “este resultado não é uma falta de comparência: hoje como ontem, amanhã como hoje, cá estarei para todas as lutas, para ganhar e para perder, como fiz sempre e como faz toda a minha gente”, antes de agradecer todas as mensagens de apoio que tem recebido.

“Sabem que estive sempre presente e sabem que continuam a contar comigo todos os dias”

“Queremos um país solidário, é essa a nossa tarefa. Um país solidário que se junte pelo SNS e pelos seus profissionais, a nossa maior arma contra a pandemia”, ou para “defender a democracia, como fizeram hoje tantos portugueses e tantas portuguesas”.

“Queremos e precisamos de um país solidário, que não aceite a crise e a divisão como política. Terá de respeitar quem vive do seu trabalho e combater a precariedade, devolvendo a esperança às gerações mais jovens, que têm sido as mais sacrificadas em todas as crises”, prosseguiu Marisa.

“Um país decente é aquele onde a igualdade não é letra morta, mas sim concreta. Que ninguém se sinta excluído pela sua cor da pele ou pela sua orientação sexual. Que nenhuma mulher se sinta menorizada”, defendeu Marisa Matias, deixando a garantia que “para lá da eleição, fica o compromisso fundo com cada mulher, com cada menina, com cada homem também, que o combate pela igualdade e o fim da violência contra as mulheres continuará”.

“Sabem que estive sempre presente e sabem que continuam a contar comigo todos os dias”, concluiu a candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda.

Questionada pelos jornalistas sobre a existência de várias candidaturas à esquerda, Marisa respondeu que os resultados mostram que elas somaram votos. “Se alguma das candidaturas da esquerda tivesse desaparecido, a esquerda tinha somado menos. Se a pergunta é porque é que a esquerda não somou mais nesta eleição, essa pergunta terá de fazê-la ao PS e não a mim”, rematou Marisa Matias.