“Ocupar o espaço público, celebrar a liberdade sexual, reivindicar a igualdade na sociedade, exigir políticas e práticas públicas que promovam esta diversidade e combatam todas as formas de discriminação, sexismo, racismo, xenofobia e LGBTIfobia!!”, é assim que a deputada Fabíola Cardoso define a Marcha LGBTI+ de 2020 em Viseu.
De todos os partidos subscritores da Marcha, apenas o Bloco de Esquerda se fez representar este ano.
Na Marcha deste domingo, ouviram-se palavras de ordem como “seja homem ou mulher, eu amo quem quiser!”; “LGBT, ou não, vem para a rua, sem opressão!”. Ou ainda, “amar não tem idade, abraça a igualdade!”. Frases que fazem eco de edições anteriores.
A primeira edição da Marcha na cidade aconteceu em maio de 2005, na sequência de ataques homofóbicos na cidade. Com o nome STOP HOMOFOBIA, juntou cerca de trezentos ativistas junto à Câmara Municipal de Viseu, naquela que foi uma das primeiras iniciativas populares contra a homofobia fora de Lisboa.
A ativista Mariana Carneiro relembra, em declarações ao Jornal do Centro, algumas das frases e palavras de ordem de 2005: “Recordo-me que gritámos 'STOP homofobia' ou 'Homofobia não passará'. Era essencialmente um entusiasmo pela mobilização. Lembro-me de ver o brilho nos olhos como sinal de que foi possível organizar esta iniciativa em Viseu. A cidade saiu de casa, abriu a janela e veio para a rua lutar pelos direitos LGBTI+”.
“Muitas vezes em questões feministas pergunta-se se ainda vale a pena estar a falar da igualdade de direitos entre homens e mulheres. Pode haver na lei, mas na prática, a nível salarial, o machismo, o sexismo... A educação para a Cidadania pode começar, desde cedo, nas escolas, a combater estes preconceitos”, defende Mariana Carneiro.