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Marcha Global da Marijuana foi suspensa

Organização de Lisboa emitiu um comunicado no sábado passado justificando a decisão com a pandemia Covid-19. Defendem a permissão para “produzir e obter canábis de forma regulada em todos os seus usos”, garantindo maior qualidade e redução de riscos
Marcha Global da Marijuana de Lisboa
Marcha Global da Marijuana de Lisboa

A Marcha Global da Marijuana de Lisboa emitiu um comunicado, no passado sábado, alertando que não será possível a realização da habitual marcha devido à atual situação de pandemia. Não sendo possível a concretização da manifestação este ano, os organizadores relevam a importância de continuar a sua luta, pois “pelo mundo fora ainda há pessoas a serem mortas ou a serem condenadas a penas de morte pelo consumo de drogas ou delitos associados, pessoas a serem encarceradas e internadas coercivamente com base na política da guerra às drogas”.

Consideram a política atual um “enorme falhanço”, porque não diminuiu nem eliminou o consumo, “é injusta, não protege consumidores e a sociedade”, prejudica as pessoas “mais vulneráveis, alimenta mercados ilícitos; é cara e cria obstáculos às intervenções de saúde e investigação”. Por isso defendem “a despenalização absoluta do uso e aquisição da canábis, através de uma regulação rigorosa”.

Alegando que a “descriminalização não chega” no contexto português, porque não legaliza a obtenção das substâncias, apresentam várias reivindicações:

  • Permissão para “produzir e obter canábis de forma regulada em todos os seus usos”, garantindo maior qualidade e redução de riscos;
  • “Que a canábis deixe de constar da lista de substâncias proibidas das Nações Unidas”.
  • Uma política de drogas que respeite a liberdade individual;
  • “Regulação dos produtos derivados da canábis”;
  • Diminuição dos "mercados ilícitos e problemas associados”;
  • Canalização de “recursos para serviços de saúde, proteção social e investigação”.
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