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Manifestação histórica na Argentina contra femicídio e violência de género

A campanha contra a violência machista #NiUnaMenos culminou numa manifestação nesta quarta-feira que ocupou as ruas de dezenas de cidades argentinas. O protesto acabou por se estender também a países como Chile, Uruguai e México.

Estima-se que tenham participado na concentração em frente ao Congresso argentino entre 300 mil a 500 mil pessoas, o que faz desta iniciativa uma das maiores da história recente. Não só a Praça dos Congressos ficou completamente repleta de pessoas como o protesto se estendeu também pelas avenidas e ruas adjacentes.

A manifestação contou com a participação de organizações feministas, sindicais, estudantis, sociais, políticas, associações de moradores, a par de muitos outros que marcharam individualmente, entre os quais familiares de vítimas da violência machista. As ruas encheram-se de jovens estudantes, trabalhadoras e trabalhadores com os seus uniformes. As classes médias altas estiveram quase ausentes deste protesto. Representantes governamentais juntaram-se à mobilização, tentando evitar que a oposição capitalizasse com a mesma.

A amplitude da mobilização era bem patente nos cartazes e faixas onde se liam palavras de ordem como: “Jesus disse: Eu vim para que tenham vida e para que a tenham em abundância” ou “Se puta é ser livre e dona de meu corpo, sou puta e depois?”.

No palco instalado junto ao Congresso foi lido um comunicado no qual se referia que o machismo é uma construção cultural e que a violência contra as mulheres também passa pela impossibilidade destas decidirem sobre os seus próprios corpos, pelo assédio a que estão sujeitas e por tantas outras formas de violência social e institucional, nas quais as forças de segurança também se veem implicadas.

No Uruguai milhares de pessoas marcharam contra o femicídio, o machismo e a violência de género, que este ano já causaram a morte a pelo menos 19 mulheres.

Também o Chile e o México se juntaram a este protesto.

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