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Manifestação da Função Pública exigiu aumentos salariais

Milhares de funcionários públicos manifestaram-se em Lisboa para defender aumento de salários e a revisão da Tabela Remuneratória Única.
Manifestação da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública. Foto de António Pedro Santos/Lusa

O protesto convocado pela Frente Comum partiu do Marquês de Pombal em direção à residência oficial do primeiro-ministro. Mas os milhares de manifestantes foram impedidos de descer a Calçada da Estrela e de chegar ao palco previamente montado para as intervenções da organização da iniciativa. Ana Avoila, Arménio Carlos e outros dirigentes sindicais tiveram de improvisar o momento das intervenções em cima de um escadote emprestado por um comerciante da zona.

“O Governo continua a ter dois pesos e duas medidas: um travão para responder àquilo que tem a ver com as reivindicações dos trabalhadores e uma velocidade de cruzeiro para aquilo que tem a ver com a resposta aos bancos, às PPP [Parcerias Público Privadas]”, afirmou Arménio Carlos.

Governo e sindicatos da Função Pública têm encontro marcado para a próxima segunda-feira, mas Ana Avoila está apreensiva após ter recebido “uma ordem de trabalhos híbrida a dizer que é para discutir diplomas, mas [o governo] não quis mandar os diplomas. É uma situação insólita. Em termos de negociação não sabemos o que vai sair dali”, disse à agência Lusa a líder da Frente Comum.

Lembrando que “há dez anos que não há aumentos salariais” para os funcionários públicos, Ana Avoila não poupa críticas à postura do governo. “Não vale a pena dizerem que não há dinheiro. Quando sobra dinheiro para o grande capital tem de haver dinheiro para os trabalhadores”, defendeu a sindicalista.

“O Governo vai ter de se sentar a discutir a resposta reivindicativa comum e principalmente a questão dos aumentos de salários. Como é que este Governo, que tem as possibilidade que tem - pela situação que tem na Assembleia da República - , vai fazer o mesmo que o governo da 'troika' e não aumentar os salários?”, perguntou Ana Avoila.  

Entre as reivindicações da Frente Comum estão aumentos salariais e das pensões de 4%, a revisão da Tabela Remuneratória Única, com a fixação da remuneração mínima nos 650 euros, e a contagem de todo o tempo de serviço do período de congelamento para efeito de progressão na carreira, entre outros pontos.

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