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Manifestação contra a proposta laboral do Governo

Milhares de pessoas, convocadas pela CGTP, juntaram-se nesta sexta-feira junto à AR para exigir a rejeição da proposta governamental. Catarina Martins afirmou que a escolha é “entre reverter as medidas da Troika ou deixar passar as medidas negociadas com os patrões à 25 hora”.
Manifestação da CGTP contra a proposta do governo sobre alterações às leis laborais - Foto de José Sena Goulão/Lusa
Manifestação da CGTP contra a proposta do governo sobre alterações às leis laborais - Foto de José Sena Goulão/Lusa

A CGTP convocou uma manifestação para junto à Assembleia da República (AR), para esta sexta-feira de manhã, quando eram discutidas no parlamento medidas sobre a legislação laboral.

À agência Lusa, Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, declarou: "Queremos reafirmar a nossa posição relativamente à proposta legislativa do Governo, porque consideramos que, ao nível da precariedade e da contratação coletiva, fica tudo na mesma ou pior".

"Os deputados não podem deixar de ouvir este clamor. Ter em consideração as nossas propostas e reivindicações", considerou Arménio Carlos.

O secretário-geral da CGTP falou também sobre o acordo de concertação que a central não assinou e afirmou:

"Podemos ter ficado sozinhos na concertação social, mas temos a consciência e a convicção de que ficámos bem acompanhados, porque estivemos ao lado do povo português contra aquele memorando que neste caso com estas medidas tem continuidade e que nos leva a dizer que preferimos estar sozinhos na concertação e acompanhados pelo povo português e pelos trabalhadores do que estar acompanhados na concertação a assinar acordos que traem aquilo que tem a ver com a valorização do trabalho e dos trabalhadores".

Arménio Carlos anunciou ainda que no dia 12, quando termina a discussão pública da proposta de lei do governo, a CGTP entregará ao presidente da Assembleia da República uma resolução e pareceres sobre as alterações às leis laborais propostas pelo Governo.

“Independentemente de estarem sindicalizados ou de terem votado a favor ou contra o PS, esta proposta é contra os trabalhadores, desvaloriza os trabalhadores, reduz a sua retribuição, ataca todos", reafirmou. E, a concluir, declarou:

"Mais importante do que o sentido de voto de cada um é vestir a camisola do trabalho e assegurar com a sua luta e apoio às posições da CGTP que é possível travar este processo, numa rutura com a política de direita e com a afirmação de uma política de esquerda que ponha os trabalhadores como referência no desenvolvimento da economia e do país”.

Reverter as medidas da troika”

Catarina Martins na manifestação da CGTP, 6 de julho de 2018 - Foto esquerda.net
Catarina Martins na manifestação da CGTP, 6 de julho de 2018 - Foto esquerda.net

Catarina Martins esteve na manifestação da CGTP e afirmou à comunicação social: “o que hoje está em discussão é como vamos reverter as medidas da troika. Vamos reverter as medidas da troika ou vamos deixar passar as medidas negociadas com os patrões à 25ª hora contrariando o plano de combate à precariedade”.

“Esperamos que seja aprovados limitações aos contratos a prazo e o fim do banco de horas individual”, sublinhou ainda.

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