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Mais de um milhão assinam petição para banir racistas dos estádios
“Apelamos à Football Association e ao Governo para trabalharem em conjunto no imediato para banir os que levaram a cabo insultos racistas, online e offline, de todos os estádios de futebol em Inglaterra para toda a vida”. Este é o pedido das três peticionárias - Shaista Aziz, Amna Abdullatif e Huda Jawad - que pouco mais de 24 horas recolheram mais de um milhão de assinaturas na plataforma Change.org.
A petição surgiu como resposta à vaga de insultos racistas que se seguiu à derrota da seleção inglesa nas grandes penalidades contra a Itália. Eles tiveram como alvo as redes sociais dos jogadores que falharam os penálties, mas também passaram pela vandalização de um mural em Manchester com a cara do jogador Marcus Rashford, também conhecido pela suas campanhas de combate à pobreza. Nos dias seguintes, o mural serviu de ponto de encontro para milhares de pessoas deixaram mensagens de apoio ao futebolista e contra o racismo.
“Espero que [o sucesso da petição] seja como um abraço a estes jogadores, para que sintam o nosso apoio e saibam que nos deram um grande orgulho”, disse Abdullatif ao Guardian.
As três mulheres que lançaram a petição conheceram-se no seu percurso de ativismo feminista e anti-racista, mas são também adeptas de futebol que já se sentiram ameaçadas nos estádios ingleses. Shaista Aziz, que é jornalista e autarca eleita pelos trabalhistas, recordou ao Guardian um jogo da seleção a que assistiu em Wembley e em que ao intervalo foi ter com um assistente de bancada pedir-lhe para mudar de lugar para a bancada da equipa visitante.
“Nasci e fui criada neste país. Sou deste país, apoio a Inglaterra, mas senti que tinha de sair da bancada inglesa”, recorda Aziz. Já a atual seleção inglesa nada tem a ver com este sentimento dos adeptos, acrescentou Amna Abdullatif, descrevendo-a como “uma visão inspiradora do que os jovens podem alcançar, o que um grupo diverso de pessoas pode alcançar e o que pode ser a juventude”. “Não têm de ser misóginos, não têm de ser racistas”, conclui.
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