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Mais de seis mil assinaturas na petição contra Museu Salazar
Uma petição contra um museu em Santa Comba Dão sobre Salazar e o Estado Novo, lançada há três dias, já recolheu mais de seis mil assinaturas. A petição intitulada "Museu de Salazar, não!", foi colocada na internet na sexta-feira passada, tendo como subscritores iniciais nomes como o antigo líder sindical Carvalho da Silva, o comentador político Pedro Adão e Silva, a escritora Maria Teresa Horta, o antigo reitor da Universidade de Lisboa José Barata Moura, o cantor de intervenção Francisco Fanhais, ou a histórica militante antifascista Margarida Tengarrinha. Durante a tarde desta segunda-feira, mais de 6250 pessoas já haviam assinado.
O texto manifesta "o mais veemente repúdio pela criação do Museu Salazar, recentemente anunciado pelo Presidente da Câmara de Santa Comba Dão", e reitera o apelo já feito a 12 de agosto por 204 antigos presos políticos para que o governo "intervenha no sentido de impedir a concretização de um tal projecto que, longe de visar esclarecer a população e sobretudo as jovens gerações, se prefigura como um instrumento ao serviço do branqueamento do regime fascista (1926 - 1974) e um centro de romagem para os saudosistas do regime derrubado com o 25 de Abril".
A petição secunda a carta de 204 antigos presos políticos de 12 de agosto, enviada ao primeiro- ministro e ao presidente da Assembleia da República por Vítor Dias e Helena Pato. Os signatários dessa carta manifestaram igualmente "em nome próprio e no da memória de milhares de vítimas do regime fascista – de que Salazar foi principal mentor e responsável – o mais veemente repúdio" contra o projeto. Apelaram também ao governo para que, "em conformidade com o relatório aprovado por unanimidade, em Julho de 2008, pela Comissão de Assuntos Constitucionais da Assembleia da República e com normas da Constituição da República Portuguesa, intervenha para impedir a concretização desse projeto".
Leia o texto da petição.
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