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Mais de 7 mil universidades declaram emergência climática e apelam à ação

Mais de 7.000 estabelecimentos do ensino superior em todo o mundo declararam a emergência climática e revelaram um plano de três pontos para se comprometerem coletivamente a enfrentar a crise.
Foto da greve climática na Suíça.

A missiva foi lançada pela Environmental Association for Universities and Colleges (EAUC), a organização de ação climática norte-americana Second Nature e o Programa Ambiental das Nações Unidas Youth and Education Alliance.

De acordo com um comunicado dos organizadores, a carta "marca a primeira vez que os estabelecimentos do ensino superior se uniram para assumir um compromisso coletivo de lidar com a emergência climática", e descreve o plano de três pontos:

- Assumir compromisso de neutralizar as emissões de carbono até 2030 ou 2050, o mais tardar;
- Mobilizar mais recursos para a investigação sobre alterações climáticas e a criação de competências orientada para a ação climática;
- Aumentar a oferta de educação ambiental e de sustentabilidade em todo o currículo, campus e programas comunitários de extensão.

"As mentes jovens que são moldadas pelas nossas instituições devem estar equipadas com o conhecimento, competências e capacidade para responder aos crescentes desafios das alterações climáticas", diz a carta.

"Todos nós precisamos de trabalhar juntos para promover um planeta habitável para as futuras gerações e para fazer a nossa parte na construção de um futuro mais verde e mais limpo para todos”, lê-se ainda no documento.

A carta, que exorta outras instituições e governos a declarar a emergência climática e a tomar medidas urgentes para combatê-la, foi apresentada na semana passada num evento organizado pela Iniciativa de Sustentabilidade do Ensino Superior - uma parceria de várias agências das Nações Unidas - na sede da ONU, em Nova Iorque.

"A expectativa é que mais de 10 mil instituições de ensino superior adiram a este movimento antes do final de 2019, com os governos convidados a apoiar a iniciativa", afirmam os organizadores.

Até o momento, a carta foi assinada por 25 redes que representam aproximadamente 7.109 instituições que, por sua vez, somadas, possuem cerca de 652 mil alunos. Os estabelecimentos que já aderiram situam-se nos EUA, Porto Rico, Argentina, China, Colômbia, Costa Rica, Dinamarca, França, Alemanha, Honduras, Índia, Indonésia, Irlanda, Quénia, Kuwait, Maurícia, México, Nigéria, Panamá, Arábia Saudita, Espanha, Uganda, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Venezuela.

 

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