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Maior adesão dos trabalhadores dos super e hipermercados à greve no 1º de Maio

Sindicato dos trabalhadores do comércio (CESP) assinala que a greve teve “a maior adesão dos últimos anos” levando ao encerramento de “muitas dezenas de lojas”, nomeadamente na cadeia Dia/Minipreço, mas também nas redes de Pingo Doce, Sonae/Continente, Jumbo/Auchan e Lidl.
Sindicato assinala que a greve teve “a maior adesão dos últimos anos” levando ao encerramento de “muitas dezenas de lojas”
Sindicato assinala que a greve teve “a maior adesão dos últimos anos” levando ao encerramento de “muitas dezenas de lojas”

Em comunicado, a direção nacional do Sindicato dos trabalhadores do comércio, escritórios e serviços de Portugal (CESP - www.cesp1.net) considera que a paralisação constitui um “forte recado” às empresas e à associação patronal e um reforço da luta pelas reivindicações de aumento dos salários e encerramento do comércio no 1º de Maio.

Em declarações à Lusa, a dirigente sindical Isabel Camarinha afirmou: "É uma das maiores greves que temos feito nos últimos anos, nomeadamente no setor da distribuição, com grande adesão dos trabalhadores, com elevadas percentagens de adesão nas lojas maiores e com adesões que fazem encerrar as lojas mais pequenas".

Isabel Camarinha denunciou também que "as empresas substituíram trabalhadores e chamaram chefias que estavam de folga para irem abrir as lojas".

No documento do sindicato acusa-se as empresas de cometerem ilegalidades, com lojas e armazéns a funcionar com balcões encerrados ou abertos apenas com chefias e formadores e com prateleiras vazias e salienta que essas situações foram provcadas por adesões dos trabalhadores à greve superiores a 50%. O sindicato denuncia também as diversas manobras usadas pelas empresas da distribuição, nomeadamente “'ofertas' de vouchers para massagens, almoços de camarão cozido e porco no espeto”.

Segundo o CESP, os trabalhadores lutam por:

  • O aumento dos salários de todos os trabalhadores e o fim da tabela B (mais baixa que se aplica em todo o país excepto distritos de Lisboa, Porto e Setúbal);
  • Encerramento do comércio no 1º de Maio e em todos os Domingos e Feriados;
  • Negociação do Contrato Colectivo de Trabalho – que está bloqueado pelos patrões, há mais de 31 meses;
  • Dignificação do trabalho e dos trabalhadores com carreiras profissionais dignas e promoções automáticas que valorizem o conhecimento e a antiguidade no local de trabalho.
  • Fim da precariedade – que a cada posto de trabalho permanente corresponda 1 trabalhador com contrato de trabalho sem termo.
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