Num comunicado de imprensa, os sindicatos começam por recordar que o que estava em causa nesta ação de luta “era inverter a degradação salarial e das condições de trabalho, defender o serviço público e a perenidade da Instituição em França”. E concluem que ao fim de sete dias de luta , “foram obtidas melhorias salariais significativas para o conjunto dos mais de 500 assalariados da sucursal, e escalonada a implementação de medidas concretas tendentes a melhorar as condições de trabalho e, nomeadamente, o registo e pagamento das horas extraordinárias”.
Os sindicatos referem igualmente ter obtido da Direção Geral da instituição pública “a garantia da criação de novos produtos para limitar uma parte da atual fuga de clientes” bem como da implementação de ações de formação dedicadas ao pessoal da rede”.
No protocolo de acordo assinado pouco antes da meia noite do dia 25 de maio, “foi igualmente consignada a atribuição aos trabalhadores, em caso de despedimento, de uma indemnização correspondendo a duas vezes e meia a prevista no Acordo Coletivo de Trabalho da Banca em França”.
Intervenção do Bloco junto do governo
No comunicado de imprensa as instâncias representativas dos trabalhadores da sucursal, agradecem a intervenção do Bloco de Esquerda e do PCP junto do governo e alertam que “continuarão atentas às respostas que serão dadas” pelo governo às perguntas que lhe foram dirigidas por estes partidos”, em particular as que respeitam “ao acompanhamento da gestão da sucursal, à evolução vertiginosa do crédito malparado e à perenidade da instituição pública em França”.
Após ter saudado a “forma persistente, digna e solidária” que revestiu a mobilização dos trabalhadores “para o bem comum e a defesa da sucursal da banca pública em França”, os sindicatos da Caixa Geral de Depósitos agradeceram a solidariedade que ao longo do movimento lhes foi manifestada, por diversos sindicatos da Banca em França”, bem como a que lhes foi expressa por outros movimentos da sociedade civil, nomeadamente o Sindicato dos Professores das Comunidades Lusíadas (SPCL) e a Associação dos Emigrantes lesados do BES (AMELP).
Também através de um comunicado, o núcleo Europa do Bloco de Esquerda “saúda a luta vitoriosa das trabalhadoras e dos trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos em França, em defesa dos salários, das condições de trabalho, do serviço público em prol da comunidade portuguesa em França e da perenidade da sucursal e assegura que se manterá atento às respostas do governo às perguntas que lhe dirigiu no passado dia 20, nomeadamente sobre a situação da Caixa Geral de Depósitos em França e a sua perenidade.