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Luanda Leaks: "Foram muitos os cúmplices que fingiam nada saber a troco do acesso ao dinheiro"

Durante a audição ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, Pedro Filipe Soares lembrou ainda “que muitas vezes o Bloco ficou sozinho neste Parlamento porque todos os outros partidos recusavam condenar a cleptocracia angolana ou o atropelo a liberdades fundamentais”.

“A investigação sobre Isabel dos Santos caiu como uma uma bomba. Não porque se desconhece que ela era uma das beneficiárias de um regime que roubava o seu povo e os recursos do seu país, isso já toda a gente sabia. Mas só agora as provas fizeram cair a máscara da empresária de sucesso”, afirmou o líder parlamentar do Bloco no início da sua intervenção.

“E é vê-los, os cúmplices que até agora andavam de braço dado com Isabel dos Santos fingirem espanto com as notícias. Escritórios de advogados, administradores de bancos, reguladores, governantes. Foram muitos os cúmplices que fingiam nada saber a troco do acesso ao dinheiro”, acrescentou.

Pedro Filipe Soares assinalou ainda que “mesmo este Governo deu um tratamento especial a Isabel dos Santos, com acesso direto ao gabinete do Sr. Primeiro Ministro, como foi público”.

“Agora tudo mudou e tenta-se reescrever o passado”, destacou, lembrando que muitas vezes o Bloco ficou sozinho neste Parlamento porque todos os outros partidos recusavam condenar a cleptocracia angolana ou o atropelo a liberdades fundamentais”.

“Não esquecemos esses votos cúmplices com o regime angolano. Lavagem de dinheiro, pilhagem, corrupção. São estas as acusações que também mancham muitos da elite do nosso país”, continuou.

Pedro Filipe Soares quer respostas claras do Governo português sobre que cooperação irá ter com os seus homólogos angolanos e se garante a completa investigação destas denúncias.

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