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Linha de apoio a vítimas de violência doméstica recebeu cinco pedidos de ajuda por dia

Em contexto de confinamento tem havido episódios de maior severidade na agressão, até pela presença constante e pelo maior controlo por parte dos agressores, alerta a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.
Imagem da linha de apoio às vítimas de violência doméstica.
Imagem da linha de apoio às vítimas de violência doméstica.

A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género informou que, durante a pandemia, a linha do Serviço de Informação às Vítimas de Violência Doméstica, recebeu 1.696 chamadas.

O 800 202 148 foi criado em 1999 e funciona todos os dias a qualquer hora. Em março de 2020, a Secretaria de Estado para a Cidadania e Igualdade reforçou o serviço com um serviço de receção de mensagens também ele gratuito, a linha SMS 3060, e um endereço de e-mail, [email protected], todos eles ferramentas que garantem confidencialidade. Este é um serviço que conta com profissionais especializados no atendimento e apoio psicossocial a vítimas de violência doméstica, estando ainda preparados para informar sobre outros recursos de apoio existentes no país.

Sobre a quantidade de chamadas recebidas entre março de 2020 e o final de janeiro deste ano, a CIG refere que são números que "refletem a dificuldade do momento". Para além dos números, há igualmente preocupação porque tem havido "episódios de maior severidade na agressão, até pela continuidade da presença constante e pelo maior controlo" em contexto de confinamento.

Manuel Albano, vice-presidente do organismo explica à Lusa que "se, antes da pandemia, a vítima podia eventualmente sair de casa, pegar no telefone e ligar sem que alguém a escutasse, agora, confinada e acompanhada 24 sobre 24 horas, ela pode ser ouvida e isto poderia levar a um risco maior de violência".

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