Lafazanis: Unidade Popular irá representar o voto OXI (não) na Gŕecia

25 de agosto 2015 - 18:22

Ex-ministro da Energia e líder do recém-criado partido Unidade Popular pretende levar às eleições a vontade popular expressa no referendo de 5 de julho contra a austeridade, contra o novo Memorando e a sujeição nacional pela troika.

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Lafazanis: Dar expressão ao OXI. Foto de Left.gr (Δολοφονία του Παύλου Φύσσα -Παναγιώτης Λαφαζάνης) [CC BY 3.0 (http://creativecommons.org/licenses/by/3.0)], via Wikimedia Commons
Lafazanis: Dar expressão ao OXI. Foto de Left.gr (Δολοφονία του Παύλου Φύσσα -Παναγιώτης Λαφαζάνης) [CC BY 3.0 (http://creativecommons.org/licenses/by/3.0)], via Wikimedia Commons

Panagiotis Lafazanis recebeu nesta segunda-feira do presidente da República o mandato de formar governo, como líder da Unidade Popular, o terceiro maior partido parlamentar, com 25 deputados. A formação do novo partido impediu que esse mandato fosse entregue à Aurora Dourada, de extrema-direita, que antes era o terceiro partido.

Lafazanis recebeu esse mandato de acordo com a Constituição e tem três dias para apresentar um governo ou assumir que não tem condições para o fazer. “Certamente que não temos ilusões de que possa ser formado por este Parlamento um governo com orientação antimemorando, que é o nosso objetivo”, disse Lafazanis. “Mas vamos usar este mandato para demonstrar que aquilo que o país e o povo grego precisam é de um novo Parlamento que se oponha ao Memorando”, esclareceu, ao receber o mandato, anunciando que além das reuniões protocolares com os outros partidos, a Unidade Popular reunir-se-á também com os movimentos sociais e sindicatos.

Cancelamento das privatizações

E foi nesta reunião, ocorrida esta terça-feira, que Lafazanis afirmou que o novo partido é a favor do cancelamento da onda de privatizações do terceiro memorando, “que prevêm procedimentos escandalosos e preços de saldo” e convertem o país “numa colónia e num protetorado”.

Lafazanis criticou também em termos muito duros a data de 20 de setembro para as eleições, defendendo que o mais cedo que elas poderiam ser realizadas seria a 27 de setembro, defendendo a Unidade Popular a data de 27 de novembro, para que “o povo possa ter consciência das medidas de austeridade que ainda vão ser adotadas de acordo com o Memorando.