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Jerusalém: Protestos anti-Trump em várias capitais do mundo

De Jacarta a Rabat, milhares de pessoas saíram à rua este domingo para mostrar indignação contra o reconhecimento norte-americano de Jerusalém como capital israelita. Veja aqui imagens dos protestos.
O protesto em Beirute junto à embaixada dos EUA foi o que terminou em confrontos mais graves este domingo. Foto Wael Hamzeh/EPA

Em Jacarta, como noutras capitais, a manifestação aconteceu em frente à embaixada norte-americana e juntou, segundos números da polícia citados pela France Presse, cerca de seis mil pessoas. O protesto foi convocado pelo partido PKS e mobilizou mais gente do que as manifestações dos últimos dias na capital indonésia. O Departamento de Estado dos EUA anunciou que o funcionamento da embaixada estará sujeito a limitações esta segunda-feira, também devido a protestos.


Nos arredores de Beirute, capital do Líbano, o protesto acabou em confrontos entre polícia e centenas de manifestantes que tentaram arrancar as barreiras colocadas para os impedir de se aprocimarem do edifício da embaixada. A polícia disparou canhões de água e gás lacrimogéneo para afastar o protesto contra a decisão de Donald Trump que está a indignar toda a região.


Em Marrocos, dezenas de milhares de pessoas com cartazes em defesa de Jerusalém como capital da Palestina manifestaram-se em Rabat, segundo a France Presse. O protesto organizado por associações pró-Palestina contou com a presença de alguns responsáveis governamentais.


Em Istambul, na Turquia, milhares de pessoas juntaram-se na praça Yenikapi com palavras de ordem contra Trump e Israel. Entre elas estava o embaixador da Palestina em Ancara, que reafirmou que “a Palestina não pode ser um estado independente sem a sua capital, Jerusalém”.


No Afeganistão, houve protestos em várias cidades, como Cabul e Jalalabad, a juntar milhares de pessoas, incluindo líderes políticos e religiosos a classificar a decisão de Donald Trump como um “insulto a todos os muçulmanos”.


Também no Paquistão, slogans anti-EUA foram entoados em frente ao consulado norte-americano em Carachi por alguns milhares de manifestantes, antes de serem afastados pela polícia.


Os protestos estenderam-se ao Cairo, onde estará esta segunda-feira o presidente palestiniano Mahmoud Abbas, convidado pelo presidente egípcio al Sisi para discutir a reação ao anúncio de Trump. Desta vez os protagonistas foram estudantes das universidades de Ain Shams, Menoufiya e Al-Azhar, em manifestações que contaram com a presença de professores e funcionários.


Na Escócia, os adeptos do Celtic de Glasgow voltaram a mostrar solidariedade com a Palestina através de uma faixa aberta durante o jogo com o Hibernians, com uma mensagem muito direta a Donald Trump. Estes adeptos já foram multados pela UEFA por levarem bandeiras palestinianas em jogos com equipas israelitas e este ano angariaram mais de 200 mil euros em donativos para o povo palestiniano.


Nos territórios palestinianos também houve protestos este domingo, depois das autoridades de saúde terem indicado a existência de mais de 1.100 feridos entre quinta-feira e sábado, sobretudo devido a balas de borracha, gás lacrimogéneo ou até fogo real. Pelo menos quatro palestinianos foram mortos em Gaza desde o anúncio de Trump, diz a al-Jazeera. Este domingo, o Crescente Vermelho apontou 157 feridos nos confrontos na Cisjordânia, Jerusalém e Gaza.  

 

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