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Israel condena reconciliação entre Hamas e Fatah

O acordo assinado na quinta-feira pelas duas fações palestinianas devolve o controlo da Faixa de Gaza à Autoridade Palestiniana. Netanyahu diz que o acorto “torna a paz mais difícil de alcançar”.
Assinatura do acordo entre Hamas e Fatah no Cairo. Foto Palestinian Information Center/Twitter

Os movimentos rivais da luta política na Palestina assinaram esta quinta-feira no Cairo um acordo mediado pelo Egito, que põe fim ao conflito iniciado após as eleições legislativas de 2006.

A reconciliação deverá acabar com as sanções impostas pela Autoridade Nacional Palestiniana, que incluíam o racionamento da energia fornecida a Gaza, uma região martirizada por várias incursões militares israelitas na última década, que provocaram milhares de mortos e a destruição das infraestruturas existentes.

Apesar das mensagens de saudação terem chegado de todo o mundo, o acordo não agradou ao governo israelita. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reagiu no Facebook, dizendo que “Israel opõe-se a qualquer reconciliação em que a organização terrorista Hamas não se desarme e termine a sua guerra para destruir Israel”.

“A reconciliação entre a Fatah e o Hamas torna a paz mais difícil de alcançar”, acrescentou o chefe de governo israelita, acusando o Hamas de não cumprir as exigências colocadas pelo Quarteto para o Médio Oriente – EUA, Rússia, UE e ONU – acerca do seu desarmamento e reconhecimento de Israel.

Em resposta, um porta-voz do Hamas considerou as condições colocadas por Natenyahu como um sinal de “racismo”. Para  Abdulatif al-Kanou, a melhor resposta à reação israelita é prosseguir com a unidade nacional. “Só então conseguiremos dar um duro golpe à ocupação israelita”, afirmou o dirigente do Hamas.  

Outra das exigências do Quarteto era justamente esta reconciliação entre Fatah e Hamas para reunir a Faixa de Gaza e a Cisjordânia sob o mesmo governo e assim desbloquear o apoio internacional a Gaza. No próximo mês deverá acontecer uma visita do presidente da Autoridade Palestiniana a Gaza, o que acontecerá pela primeira vez na última década.

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