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IPO de Lisboa não consegue dar resposta a mamografias de seguimento

O Instituto Português de Oncologia de Lisboa admitiu não conseguir responder a todas as mulheres que necessitam de fazer mamografias de seguimento. Justificam a situação com o elevado número de novos casos anuais de cancro de mama e os muitos casos de vigilância da doença.
IPO de Lisboa não consegue dar resposta a mamografias de seguimento

Num documento interno, o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa admite não conseguir dar resposta a todas as mulheres que precisam de fazer exames de seguimento do cancro da mama. Como alternativa, as utentes estão a ser encaminhadas para os seus centros de saúde.

A notícia foi divulgada pelo Diário de Notícias, que teve acesso ao documento interno do serviço de radiologia. Nele, o IPO assume não poder garantir as mamografias de vigilância a 12 meses a utentes que ainda não tiveram alta ao fim de cinco anos da cirurgia, já que o número de pedidos é superior ao de vagas existentes. “Não sabendo quando poderá ser agendado o exame”, o hospital propõe às doentes que estas entrem em contacto com os seus médicos de família para marcar as mamografias em locais nas suas áreas de residência.

O jornal noticia que, no final do mês de abril, eram 38 as mulheres acompanhadas no IPO de Lisboa ainda não tinham realizado a mamografia/ecografia prevista para novembro e dezembro. Na mesma data, 450 mulheres já tinham ultrapassado os 12 meses de espera. Estes valores foram partilhados pelo próprio IPO de Lisboa, admitindo a incapacidade de dar resposta a todos os pedidos em tempo útil. O Instituto justifica a situação com a existência de um elevado número de novos casos anuais de cancro de mama (mais de mil), aos quais se juntam as mulheres que foram operadas e que continuam a fazer a vigilância da doença.

"Por essa razão, a marcação de mamografias e ecografias de seguimento está a ser feita de acordo com critérios de prioridade, salvaguardando a capacidade de o IPO garantir a realização dos exames necessários a todas as mulheres operadas há menos de cinco anos (período em que o risco de recidiva é mais elevado e a interpretação dos exames radiológicos mais complexa) e todas as outras técnicas radiológicas de diagnóstico, aferição, pré e pós operatórias que se fazem no Instituto", afirmou o Instituto ao Diário de Notícias.

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