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IndieLisboa abre esta quinta-feira as portas à 15ª edição

Lisboa volta a acolher o Festival Internacional de Cinema Independente, que continua a apostar na produção nacional e, este ano, destaca ainda os filmes realizados por mulheres. “O Processo”, filme que acompanhou o impeachment de Dilma Rousseff, estreia no festival.
Cartaz do festival.
Cartaz do festival. Em 2018, o IndieLisboa continua a apostar em filmes que reflitam a situação política da atualidade-

Ao longo dos próximos 11 dias as salas da Culturgest, Cinema São Jorge, Cinema Ideal,  Cinemateca e Biblioteca Palácio Galveias recebem as quase 250 obras que completam a 15ª edição do IndieLisboa – Festival Internacional de Cinema.

Num ano em que a denúncia de casos de assédio sexual e de desigualdade salarial entre homens e mulheres foi tema de campanhas internacionais, pelas quais várias personalidades do cinema têm dado a  cara, o Festival Internacional de Cinema decidiu apostar este ano na realização cinematográfica no feminino. Como tal, na secção de curtas metragens da Competição Internacional, 18 das 33 obras foram realizadas por mulheres. Adicionalmente, o Indie continua a apoiar a produção nacional, tendo selecionado 49 filmes portugueses.

O festival mais uma vez dá destaque a filmes que reflitam a situação política mundial da atualidade, e no dia 1º de Maio "O Processo", o filme que acompanhou o impeachment de Dilma Rousseff, terá estreia no IndieLisboa, no cinema São Jorge. O filme, realizado por Maria Augusta Ramos, acompanha ao longo de duas horas todo o processo de destituição da ex-presidente brasileira e questiona as consequências da judicialização da política, atualmente tão visível no Brasil.

Nesta programação mais assumidamente política do festival, destacamos ainda os filmes "Tara Moarta" (de Radu Jude, sobre as responsabilidade históricas da Roménia no Holocausto); "Four Parts of a Folding Screen" (de Anthea Kennedy e Ian Wiblin, sobre as perseguições nazis); "Hitler’s Hollywood" (de Rüdiger Suchsland, que analisa as técnicas propagandistas empregadas pelo Terceiro Reich na sua produção cinematográfica); "La Liberté" (de Guillaume Massart, sobre a única “prisão aberta”, um centro de detenção que acolhe maioritariamente condenados por pedofilia, em França); "Area 51" (uma curta de Annabelle Amoros, sobre a Área de Teste e Treino da Força Aérea do Nevada, nos Estados Unidos); "Evidence of the Evidence" (Alexander Johnston, sobre a revolta na prisão de Attica em 1971) e ainda o documentário "Il Risoluto" (de Giovanni Donfrancesco, que filma um testemunho de alguém que pertenceu à Decima MAS, uma das mais violentas milícias do fascismo italiano).

Além das sessões de cinema, o festival tem ainda uma programação complementar com debates, oficinas, cine-concertos e programação dedicada aos mais novos, na rúbrica IndieJúnior. Para mais informações, a programação completa do festival pode ser consultada aqui.

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