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Hong Kong: protesto pacífico exige respostas do governo
Apesar da manifestação estar proibida e apenas a concentração ter sido autorizada, Hong Kong assistiu este domingo ao maior protesto desde o início de julho, com os organizadores a falarem na presença de 1.7 milhões de pessoas. E sentiu-se no ar a diferença em relação às concentrações anteriores, sobretudo com a ausência de gás lacrimogéneo e a presença muito discreta da polícia.
“Hoje foi pacífico, tal como pediu Carrie Lam [a chefe do governo de Hong Kong]… Agora, Lam tem de responder às cinco reivindicações para mostrar que a expressão pacífica e racional dos habitantes de Hong Kong pode ser ouvida e aceite”, afirmou Jimmy Sham, da Frente Civil de Direitos Humanos. “Se ela continuar a fazer ouvidos moucos, estará a instigar formas de luta mais radicais”, acrescentou o ativista ao South China Morning Post.
As cinco reivindicações são a retirada completa da proposta de lei — entretanto suspensa — para facilitar a extradição para a China, a abertura de um inquérito à atuação policial contra os manifestantes, a libertação dos manifestantes presos nas últimas semanas, o abandono das acusações por motim aos participantes nos protestos e a demissão da chefe do governo.
China avisa Taiwan para não dar asilo aos manifestantes perseguidos
Desde o início dos protestos de Hong Kong em julho, o número de habitantes deste território que se candidataram para emigrar para Taiwan aumentou 45%. As declarações recentes da presidente taiwanesa Tsai Ing-wen a prometer auxílio aos perseguidos pela repressão aos protestos vieram inflamar ainda mais a relação entre o estado insular e a China continental.
O responsável chinês pelas relações com Taiwan, Mi Xiaoguang, avisou esta segunda-feira que a China não irá tolerar interferências nos assuntos de Hong Kong. Para Pequim, a oferta de asilo aos ativistas perseguidos naquela cidade “iria não apenas tornar Taiwan num refúgio para criminosos como também pôr em causa o bem-estar do povo taiwanês”.
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