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Homem regou namorada com produtos combustíveis e pegou-lhe fogo

A jovem foi atacada enquanto dormia e ficou gravemente ferida com queimaduras na face e nas mãos. A PSP deteve o agressor, de 33 anos, e destaca que ele abandonou o local da agressão “sem contactar qualquer meio de socorro” e sem prestar “qualquer assistência à vítima”.
A “violência no namoro é a antecâmara da violência doméstica”
A “violência no namoro é a antecâmara da violência doméstica”

Em Agualva (Sintra), um homem atacou a companheira, cerca da uma da madrugada, tendo “lançado diluente e outros produtos combustíveis para cima das mãos enquanto ela dormia”. A namorada é uma jovem de 19 anos, que pediu socorro aos vizinhos e ficou queimada “com gravidade nas mãos, no tronco e na cara”, disse o comandante dos Bombeiros Voluntários de Agualva-Cacém, Francisco Rosado.

A equipa do INEM que prestou assistência à jovem entubou-a e transportou-a ao Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, tendo posteriormente sido transferida para a unidade de queimados do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Em comunicado do comando metropolitano, a PSP refere que desencadeou diligências “num quadro de absoluta urgência face aos perigos que emanavam do cenário retratado” e que encontrou o suspeito agressor nas imediações do local da ocorrência “deitado no solo a tentar passar despercebido aos polícias”. A PSP destaca que o suspeito não prestou “qualquer assistência à vítima” e abandonou o local “sem contactar qualquer meio de socorro”. O detido será presente ao Tribunal Judicial de Sintra para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.

O “Diário de Notícias” lembra que o Observatório das Mulheres Assassinadas da UMAR registou o assassinato de 30 mulheres em 2019, no âmbito de relações íntimas e familiares, e mais dois femicídios noutros contextos.

Na passada sexta-feira, na concentração “Nem uma a menos, Vivas nos queremos!”, organizada pela Rede 8 de Março, a deputada do Bloco de Esquerda Sandra Cunha afirmou que a “violência no namoro é a antecâmara da violência doméstica” e lembrou que a violência no namoro “também é um crime público que deve ser denunciado”.

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