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Há mais de 70 milhões de pessoas deslocadas no mundo
O ACNUR divulgou esta quarta-feira o relatório “Tendências Globais” que destaca que até final de 2018 havia 70,8 milhões de pessoas deslocadas no mundo, o maior número registado em 70 anos de história da agência da ONU.
O relatório salienta que a Venezuela é o país de onde mais pessoas pediram asilo - 340 mil em 2018 - e que o número de venezuelanos e venezuelanas deslocados ultrapassou já os quatro milhões.
Na divulgação do relatório, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, afirmou que se confirma uma tendência a longo prazo do aumento do número de pessoas que precisam proteção face à guerra, aos conflitos e às perseguições.
Grandi destacou a grande generosidade e solidariedade que se verifica no mundo, em particular das comunidades de acolhimento, para com as pessoas migrantes e refugiadas, apesar das violentas campanhas contra elas: “Devemos redobrar a nossa solidariedade para com os milhares de pessoas inocentes que se veem obrigadas a fugir dos seus lares diariamente”.
Cerca de 13,8 milhões de pessoas tornaram-se em novos deslocados ao longo de 2018, dos quais 10,8 milhões de deslocados internos e 2,8 milhões de refugiados e migrantes.
Dos quase 25,9 milhões de pessoas refugiadas que há no mundo, cerca de um quinto são palestinianos sob o mandato da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA).
A Síria continua a ser o país com mais pessoas deslocadas à força, cerca de 13 milhões.
Filippo Grandi criticou também as ideias e campanhas, nomeadamente de Trump, contra os refugiados e os migrantes.
"Na América, assim como na Europa e em outras partes do mundo, o que estamos a testemunhar é a ideia de que os refugiados, ameaçam os nossos empregos, a nossa segurança e os nossos valores”, disse Grandi, e acrescentou: "E eu quero dizer ao governo dos EUA - ao presidente - mas também aos líderes do mundo todo: isso é prejudicial".
Comentários
Miguel Duarte
Não percebo por que razão o Miguel Duarte se submete ao julgamento desse governo fascista italiano. O que aconteceria se ele ficasse em Portugal? Seria deportado? Não se trata de uma pergunta teórica, dado o avanço do fascismo no mundo, em breve esses problemas vão se colocar de forma candente, nomeadamente em relação à América latina. Equanto os exilados são de extrema direita, como no caso da Venezuela, são acolhidos, mas quando forem democratas?
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