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Guiné Equatorial nega violações de Direitos Humanos

“Não existem presos políticos na Guiné Equatorial”, afirmam as autoridades do regime de Obiang, numa nota de imprensa que responde ao voto de condenação proposto pelo Bloco e aprovado pelo parlamento português, com a abstenção do PCP e votos favoráveis das restantes bancadas.
Teodoro Obiang é dos ditadores mais antigos do mundo e a sua opulência contrasta com a miséria popular. Foto embaixada/Flickr.
Teodoro Obiang é dos ditadores mais antigos do mundo e a sua opulência contrasta com a miséria popular. Foto embaixada/Flickr.

Numa nota enviada à imprensa, ainda nesta sexta-feira à noite, a embaixada da Guiné Equatorial em Lisboa afirma-se surpreendida que “os parlamentares portugueses, com algumas exceções, se deixem manipular pelas aparências e vejam atropelos a Direitos Humanos onde há respostas criminais legítimas a distúrbios da ordem e agressões a forças policiais”, nomeadamente durante as últimas eleições gerais, em novembro passado.

Segundo a Lusa, a condenação aprovada pela Assembleia da República portuguesa é, para as autoridades de Malabo, “infundada e parcial”, uma vez que “pinta como presos políticos comuns agressores”.



Segundo a nota emitida pela embaixada, citada pela Lusa, “vários grupos de militantes de um partido da oposição provocaram e agrediram, em vários pontos do país, as forças da ordem, que, por sua parte, tinham ordens superiores para não ripostarem, evitando situações de conflito que poderiam ter sido delicadas”.

“Não existem presos políticos na Guiné Equatorial”, garante a representação das autoridades da Guiné Equatorial em Lisboa.

Esta sexta-feira, o parlamento português condenou o regime de Teodoro Obiang, no poder desde 1979, por limitação à liberdade política e violação de direitos fundamentais dos 135 militantes da oposição, encarcerados sem acusação e por tempo indeterminado, na prisão de Evinayong.

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