“Estas são as mais recentes prisões no âmbito do ataque de meses contra os políticos do HDP pelo presidente Erdogan e pelo governo do AKP. Desde maio de 2016, 55 dos 59 deputados do HDP foram privados da sua imunidade parlamentar, e milhares de membros executivos e militantes do HDP estão atualmente detidos, incluindo autarcas e conselheiros locais”, escreve o GUE/NGL.
Segundo os eurodeputados, “com a detenção de políticos do HDP e a repressão às vozes da oposição, académicos, juízes e meios de comunicação, o Presidente Erdogan voltou as costas aos direitos humanos, à democracia e ao Estado de Direito”.
“O HDP continua a ser um farol de esperança para uma renovação democrática na Turquia e uma solução pacífica para o conflito nas regiões curdas. A UE deve enviar um sinal forte às autoridades turcas para que libertem imediatamente os representantes do HDP, cessem as violações dos direitos humanos, respeitem a independência dos meios de comunicação social e restabeleçam o Estado de Direito”, assinalam.
O GUE/NGL insta o Presidente da Comissão Juncker, o Presidente do Conselho Tusk, o Vice-Presidente da Comissão Mogherini e os Chefes de Estado e de Governo da União Europeia a “revogar a declaração UE-Turquia, pondo termo a este acordo”, a “congelar as negociações da adesão até que o Estado de Direito seja restabelecido” e a “considerar sanções contra as autoridades turcas”.